IBGE: produção agrícola será 3,1% maior em 2019

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a safra 2019 será 3,1% maior do que a de 2018.

O IBGE divulgou nesta quarta-feira (10) que a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas chegará a 233,4 milhões de toneladas. A colheita de grãos será a segunda maior da série histórica, iniciada em 1975. O recorde continua sendo de 2017, quando produção total chegou a 240,6 milhões de toneladas.

Aumento da área de colheita

Segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), a área a ser colhida também aumentará. Este ano está previsto um aumento de 2,1%, chegando a 62,2 milhões de hectares cultivados.

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O milho será responsável por boa parte do aumento da safra em 2019. O aumento da na produção do cereal é estimado em 8,6%. Em nota, o gerente de pesquisa do IBGE, Carlos Alfredo Guedes, informou que esse incremento é esperado especialmente na segunda safra.

“Nos principais estados produtores, as chuvas chegaram mais cedo, permitindo o plantio antecipado da primeira safra. Além disso, os preços ao produtor também estão mais atrativos que no ano passado”, informou Guedes.

Produção de soja em aumento

O IBGE também prevê um aumento de 0,8% na produção de soja, e de 6,6% no algodão herbáceo. Entretanto, a produção de arroz deveria encolher 4,8% e o feijão primeira safra de 8%.

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Em dezembro de 2018, a previsão da área total cultivada caiu para 60,9 milhões de hectares. Essa queda foi de 0,4% em relação a 2017. Por sua vez, a previsão para a safra chegou a 226,5 milhões de toneladas. Um total 5,9% inferior ao volume de 2017. Entre os principais produtos, deveriam ocorrer quedas de 18,3% na colheita do milho e de 5,8% do arroz, enquanto a safra da soja deveria ter um aumento de 2,5%.

Para o IBGE, o estado de Mato Grosso lidera a produção nacional de grãos. O estado representa 26,9% da produção, seguido pelo Paraná, com 15,5%, e Rio Grande do Sul, com 14,6%. Juntos, os três estados representam cerca de 57% da safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas.

Carlo Cauti

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