Home office: tendência deve afetar setor de escritórios após pandemia

A pandemia causada pelo coronavírus (covid-19) deve provocar mudanças nas relações e forma de trabalho. Uma delas é a maior aceitação do home office, que deve virar tendência no Brasil.

A novo direcionamento, forçado, já dá as caras por aqui. Por redução de custos e comodidade do home office, algumas companhias já analisam reduzir o tamanhos dos escritórios físicos, geralmente localizados em pontos estratégicos, tradicionais (e caros) de São Paulo.

Uma empresa de tecnologia que possui três andares em um conhecido ponto na tradicional avenida Faria Lima, em São Paulo, deve permanecer apenas com um, dado que a maioria dos colaboradores poderá trabalhar de casa a partir de então.

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O custo é o principal motivo. “Ao todo, a empresa tem um custo de R$ 100 mil por andar onde estamos. Se eu manter apenas um, consigo ter um ganho financeiro considerável em dois, três anos”, disse uma fonte que preferiu não se identificar.

A XP, por exemplo, anunciou home office para os empregados que consigam desempenhar as funções de casa, até o final deste ano.

A empresa informou, contudo, que, no momento, não pretende abrir mão dos escritórios da empresa. A companhia deverá alterar apenas a configuração dos espaços, visando mais reuniões e momentos de trocas entre os times.

Lajes corporativas devem ser afetadas por home-office

Se a tendência de redução dos espaços físicos se confirmar, o setor de fundos imobiliários (FIIs), principalmente fundos de lajes, pode ser impactado também.

“O setor de lajes comerciais tende a ser impactado ao passo que as empresas passe a considerar o home office como parte da solução de suas operações, seja como uma mudança permanente ou mesmo algum benefício ao colaborador”, afirmou Marcos Baroni, especialista em fundos imobiliários da SUNO Research.

Veja também: Fundos Imobiliários: Suno Research desenvolve índices para o mercado de FIIs

Há, porém, ativos com características que devem sofrer menos do que outros, segundo Baroni. O investidor, portanto, deve ficar atento a qualidade dos imóveis e a localização.

“Obviamente, ativos mais bem localizados, melhor padrão construtivo e mais eficientes do ponto de vista operacional, devem sentir menos. Porém, acredito que não há imunidade – todos serão impactados, ao menos no curto prazo por essas medidas de home office“, disse o especialista.

Vinicius Pereira

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