Hertz, em meio à recuperação judicial, quer vender US$ 1 bi em ações

A Hertz (NYSE: HTZ), companhia do setor de aluguel de veículos, pretende vender até US$ 1 bilhão (cerca de US$ 5,05 bilhões) em ações, mesmo em meio ao seu processo de recuperação judicial.

A Hertz procura acertar junto ao tribunal de falências a autorização para o banco de investimentos Jefferies LLC possa vender 246,8 milhões de ações. No início desta semana, os papéis da companhia chegaram a atingir US$ 5,53, após a mínima de US$ 0,22 em 22 de maio, quando apresentou seu pedido de recuperação judicial.

“Os preços recentes de mercado e os volumes de negociação das ações ordinárias da Hertz potencialmente apresentam uma oportunidade única” para a companhia levantar capital em termos mais favoráveis ​​do que os empréstimos comuns para empresas em falência, segundo os advogados da empresa, na quinta-feira (11).

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Além disso, a Hertz informou que quer solicitar ao Tribunal de Falências dos EUA em Wilmington, no estado estadunidense de Delaware, uma permissão para encerrar de contratos de leasing de 144,37 mil veículos. Segundo a empresa, isso economizaria cerca de US$ 80,3 milhões mensais.

Em 2019, sua frota norte-americana atingiu o pico de 567 mil veículos. Isso ocorreu antes da queda da demanda provocada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o que aprofundou a crise da empresa.

Recuperação judicial da Hertz

Apresentado em 22 de maio, o pedido de recuperação da Hertz abrange as operações nos Estados Unidos e no Canadá. A dívida da empresa já chega a US$ 19 bilhões (cerca de R$ 95,57 bilhões).

Em nota, a companhia indicou que “o impacto da Covid-19 na demanda de viagens foi repentino e dramático, levando a uma queda acentuada na receita da empresa e reservas futuras”.

“A reorganização financeira fornecerá à Hertz o caminho para uma estrutura financeira mais robusta que posicione melhor a empresa para o futuro, enquanto navega no que poderia ser uma jornada prolongada e uma recuperação econômica global”, disse a empresa.

Além disso, vale destacar que a Europa, Austrália e Nova Zelândia, principais regiões fora das Américas onde a companhia opera, não estão inclusas no pedido de proteção à falência, assim como suas franquias.

No final do ano passado, a Hertz contava com 38 mil funcionários. Entretanto, em meados de abril demitiu cerca de 10 mil funcionários na América do Norte. O número representou um corte de 26,3% de sua força de trabalho global.

Jader Lazarini

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