Coronavírus: fabricante de máscaras planeja IPO em meio a pandemia

Após a pandemia do novo coronavírus (covid-19), a fabricante de máscaras de risco biológico, GVS, está planejando uma oferta pública inicial de ações (IPO).

A decisão aconteceu depois da empresa italiana ver suas vendas dispararem .com a crise do coronavírus. A GVS contratou o Goldman Sachs e o Mediobanca para coordenar o processo de IPO na Bolsa de Valores de Milão e planeja a abertura de capital se o mercado permanecer aberto. A Lazard está prestando consultoria financeira a fabricante.

A crise devido à disseminação do novo vírus está afetando a economia global. Na Europa, foram lançados apenas 16 IPOs de empresas, desde o início do ano. No mesmo intervalo de tempo, este é o pior resultado desde 2013, aponta a plataforma de análise Dealogic, visto que a crise as tensões obrigam as companhias de a adiar seus processos.

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A GVS, por outro lado, viu suas vendas dispararem neste ano e está entre as poucas empresas italianas que não obtiveram prejuízo com a crise. Em meio a pandemia global, companhia comercializou mais máscaras este ano do que em todo o 2019, detalhou o presidente-executivo, Massimo Scagliarini.

“Definitivamente somos uma minoria”, declarou o diretor em entrevista, “Não temos capacidade para atender toda a demanda”. Suas vendas tiveram um crescimento de 9% em 2019, para 220,6 milhões de euros. Seu lucro líquido também registrou aumento, uma alta de 43%, para 33,1 milhões de euros.

Medidas da GVS sobre coronavírus

As máscaras são vendidas especialmente para hospitais e autoridades da polícia e, para contemplar toda a demanda, a empresa está tomando provisões. Dentre elas, está a construção de novas linhas de produção e mais 120 trabalhadores estão sendo contratados.

“Nossa previsão é que pelo menos até junho ainda estaremos completamente em crise”, afirmou Scargliarini. Atualmente, a GVS emprega 2.314 pessoas nos Estados unidos, Brasil, China, Reino Unido e outros países.

A fabricante de máscaras foi fundada inicialmente pela mãe do executivo, Grazia Valentini Scargliarini. As iniciais de seu nome dão nome à empresa GVS. Grazia era uma das três filhas de um engenheiro que a ajudou a construir a companhia.

Além do comércio de máscaras para suprir a necessidade da pandemia de coronavírus, a empresa tem outros segmentos. A GVS fabrica filtros e componentes para empresas de assistência médica, indústria alimentícia, indústria automotiva e edifícios.

Arthur Guimarães

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