Balanços da semana

Guerra comercial não afetará outros fornecedores agrícolas, informa governo chinês

A guerra comercial, mesmo após a assinatura do acordo da primeira fase da disputa, não fará com que outros fornecedores de commodities agrícolas para a China sejam impactados. Segundo o vice-premiê Liu He, as compras dos chineses serão baseadas em princípios de mercado, segundo o jornal estatal “CCTV” nesta quinta-feira (16).

O representante chinês falou com a imprensa após a assinatura do acordo preliminar junto ao presidente norte-americano Donald Trump. O desdobramento da guerra comercial fez com que a China se comprometesse em comprar ao menos US$ 12,5 bilhões adicionais em produtos agrícolas neste ano, além de mais US$ 19,5 bilhões a mais do que o nível de 2017 de US$ 24 bilhões no ano que vem.

“O mercado da China é uma parte muito importante do mercado internacional agora. Não é como se qualquer país pudesse exportar (para a China) tantos produtos quanto quiser. É preciso mostrar a competitividade do produto”, afirmou o premiê, salientando que as negociações partirão das necessidades dos consumidores e a demanda e oferta no mercado.

China, Estados Unidos e Brasil em meio à guerra comercial

A disputa entre fornecedores de soja norte-americanos e brasileiros será o foco de preocupações de que a China possa barrar algumas importações do Brasil para aumentar as compras dos estadunidenses, cumprindo com o acordo estabelecido. A China compra cerca de 80% das exportações de soja do Brasil.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/04/1420x240-Banner-Home-1.png

A promessa chinesa de comprar produtos agrícolas dos Estados Unidos considerando as “condições de mercado” expandiu as incertezas de produtores e operadores de commodities.

Segundo pessoas ligadas ao assunto, a insistência de Trump em um grande acordo para compras de produtos agrícolas foi a maior divergência nas conversas. A China quer ter a liberdade para comprar com base na demanda por tais insumos.

Saiba mais: Chinesa Fosun diminuirá participação na Guide e na Rio Bravo

Na última quarta-feira (15), data da assinatura do acordo da guerra comercial, quando Liu He afirmou que as empresas chinesas vão comprar produtos norte-americanos “baseadas em condições de mercado”, as cotações da soja na bolsa de valor de Chicago, chegaram a cair cerca de 1% durante o pregão.

Jader Lazarini

Compartilhe sua opinião