Guerra comercial: China afirma estar preparada para enfrentar os EUA

Em mais um capitulo da guerra comercial a China se posicionou, neste domingo (02), rejeitando fracasso nas negociações. Além disso, o país afirma que está preparado para enfrentar os Estados Unidos, mas, ao mesmo tempo se diz aberta ao diálogo.

Em referência ao slogan da campanha de Donald Trump, “Faça América Grande De Novo”, o vice-ministro chinês, Guo Weimin, declarou na entrevista coletiva deste domingo que “a guerra comercial não devolveu a grandeza aos Estados Unidos.

“Quanto aos atritos comerciais iniciados pelos EUA: se os Estados Unidos querem conversar, estamos com a porta aberta. Se querem lutar, estamos prontos”, disse o ministro chinês da Defesa, Wei Fenghe, em um fórum de segurança internacional em Singapura, simultaneamente a entrevista coletiva.

Além disso, Weimin afirma que “embora a cooperação seja a única opção possível entre os dois países, a China não fará concessões em seus princípios fundamentais”. Ademais considera “totalmente infundadas” as acusações de Trump contra Huawei.

O vice-ministro apresentou o Livro Branco, documento que contém 21 páginas que declaram as posições chinesas na guerra comercial.

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Empresas não confiáveis

Na última sexta-feira (31), em resposta a medida de Trump, a China declarou que criará lista de empresas “não confiáveis” que prejudicam os interesses das empresas nacionais.

Saiba Mais: China vai criar lista de empresas estrangeiras não confiáveis

A medida da segunda maior economia do mundo responde a ação de Trump em classificar a Huawei em sua lista negra. A empresa chinesa não poderia mais comprar tecnologia americana sem a permissão do governo.

De acordo com Trump essa medida foi tomada devido ao envolvimento da empresa com atividades contrária à segurança nacional.

Após a medida, na última quarta-feira (29), a Huawei processou o governo dos EUA por ato inconstitucional.

Guerra comercial x recuperação global

Conforme o Fundo Monetário Internacional (FMI), as tensões comerciais entre as duas potencias econômica podem trazer riscos para a recuperação global.

De acordo com os analistas, no atual momento os impactos não são visíveis, mas com o decorrer do tempo o Produto Interno Bruto global poderá chegar a cair até 0,33%.

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“A guerra comercial entre EUA e China afetaram negativamente consumidores assim como produtores nos dois países”, afirma o órgão.

Poliana Santos

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