Trump adia alta de tarifas sobre a China e dá respiro à guerra comercial

O presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, publicou em sua conta do twitter que o plano de aumentar as tarifas alfandegárias sobre produtos da China foi adiado. Terminada a trégua da guerra comercial, em 1º de março, estava previsto que houvesse um aumento de 10% para 25% em impostos, sobre US$ 200 bilhões em mercadoria chinesa.

De acordo com o presidente, a medida foi adiada devido ao otimismo nas rodadas de negociações entre Pequim e Washington. As nações tentam entrar em acordo para dar fim à guerra comercial.

I am pleased to report that the U.S. has made substantial progress in our trade talks with China on important structural issues including intellectual property protection, technology transfer, agriculture, services, currency, and many other issues. As a result of these very……

— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 24 de fevereiro de 2019

….productive talks, I will be delaying the U.S. increase in tariffs now scheduled for March 1. Assuming both sides make additional progress, we will be planning a Summit for President Xi and myself, at Mar-a-Lago, to conclude an agreement. A very good weekend for U.S. & China!

— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 24 de fevereiro de 2019

“Estou satisfeito em reportar que os EUA fizeram progresso substancial nos diálogos com a China, em importantes problemas estruturais que incluem:

  • proteção de propriedade intelectual;
  • transferência de tecnologia;
  • agricultura;
  • serviços;
  • e moeda.

Dentre outros problemas. Como resultado dessas conversas produtivas, eu vou adiar o aumento das tarifas dos EUA que estava agendado para 1º de março.

Assumindo que ambas as partes terão novos avanços, nós estaremos planejando Cúpula para o presidente Xi [Jinping] e eu, no Mar-a-Lago para concluirmos o acordo. Um bom fim de semana para todos nos EUA e China!”, disseram os tweets de Donald Trump.

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Negociações

Após a publicação do presidente norte-americano, a agência de notícias oficial do governo Chinês, Xinhua, declarou “avanços significativos” nas negociações entre os dois países. Também enumerou os pontos discutidos, nos quais os avanços ocorreram, tal como Trump.

A reunião que teve início na quinta-feira (21) foi estendida até o domingo (24). Os líderes das equipes dos duas países, que participaram da quarta rodada de negociações, são:

  • Liu He, vice-primeiro-ministro da China
  • Steven Mnuchin, secretário do Tesouro dos EUA

Na sexta-feira (22), o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, já havia sinalizado o encontro dos presidentes em Mar-a-Lago. O encontro está previsto para o fim de março.

A trégua da guerra comercial foi estabelecida em 1º de dezembro, quando os presidentes encontraram-se na cúpula do G20. O G20 é um evento econômico que reúne as 20 maiores potências econômicas mundiais.

Então, decidiu-se que as nações não aumentariam as tarifas alfandegárias sobre os produtos da outra nação, pelo período de 90 dias. O prazo termina em 1º de março.

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Guerra comercial

Em 2015, a China lançou o programa “Made in China 2025”, que tinha como objetivo fazer do país um líder mundial em setores, como:

  • aeronáutica;
  • robótica;
  • telecomunicações;
  • inteligência artificial
  • e veículos de energia limpa.

Aliado da produção chinesa, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pareceu favorável ao progresso da China. Contudo, Trump observou perdas norte-americanas com o novo plano chinês.

Assim, os EUA pedem o fim de práticas comerciais que julga “injustas”, como:

  • Transferência de tecnologia imposta a empresas estrangeiras na China;
  • Roubo de propriedade intelectual dos EUA;
  • Subsídios concedidos a empresas estatais chinesas.

Para “incentivar” Pequim a corrigir tais “injustiças” do comércio, a Casa Branca impôs novas tarifas de US$ 250 bilhões em produtos chineses.

Em retaliação, a China aplicou tarifas adicionais a US$ 110 bilhões em produtos norte-americanos.

Assim, os movimentos de alta nas tarifas recebeu o nome de guerra comercial da Imprensa. Com os crescentes indícios de desaceleração econômica global, o conflito tarifário entre as nações preocupou os investidores em 2018.

Amanda Gushiken

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