EUA: Governo gasta cerca de US$ 250 bi com seguro-desemprego

O Departamento de Trabalho dos EUA divulgou nesta terça-feira (11) que o governo norte-americano gastou quase US$ 250 bilhões (cerca de R$ 1,35 trilhões) com o seu programa de seguro-desemprego desde o início de abril até o final de julho. Trata-se de um pagamento extra de US$ 600 por semana aos milhões de trabalhadores que foram dispensados ​​por causa da pandemia do coronavírus (covid-19).

Os trabalhadores nos EUA que perderam definitivamente seus empregos, foram dispensados ​​ou tiveram suas horas cortadas puderam receber US$ 600 em benefícios federais, além do valor que cada estado disponibilizou para esses indivíduos. O programa foi originado em março, quando o presidente Trump assinou uma lei de auxílio emergencial.

Os benefícios governamentais expiraram em 31 de julho. Trump no último sábado (8) assinou uma ordem executiva que substituiria os pagamentos por US$ 300 semanais em benefícios de desemprego e pediu aos estados que fornecessem outros US$ 100 por semana.

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Os pagamentos de US$ 600, conhecidos como Federal Pandemic Unemployment Compensation (em português, Compensação federal aos desempregados), foram pagos aos estados dos EUA a partir da primeira semana inteira de abril. O pico no número de pagamentos ocorreu na semana que terminou em 26 de junho, quando US$ 18,6 bilhões foram distribuídos, de acordo com dados do Departamento do Trabalho. Isso equivale a cerca de 31 milhões de pagamentos de US$600 naquela semana, embora uma porta-voz do Departamento do Trabalho tenha dito que os valores semanais podem incluir pagamentos atrasados.

A Califórnia recebeu a maior quantia total, US$ 38,4 bilhões, e a Dakota do Sul recebeu o mínimo, U$ 177,1 milhões, de acordo com a análise realizada pelo jornal “The Wall Street Journal”.

Os benefícios extras, divulgados por causa dos efeitos do coronavírus na economia mundial, ajudaram a sustentar famílias que perderam empregos, assim como a economia em geral, disseram economistas ao jornal norte-americano. Apesar de uma taxa de desemprego historicamente alta, a renda familiar em junho estava acima do nível de fevereiro, antes da disseminação do vírus nos EUA, de acordo com o Departamento de Comércio.

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Dessa forma, os pagamentos do seguro-desemprego extra representaram, para muitos americanos, um aumento nos rendimentos salariais. Alguns republicanos e economistas conservadores dizem que os benefícios, que em muitos casos pagam aos trabalhadores mais do que ganhavam em seus empregos anteriores, desestimulam o retorno ao trabalho nos EUA.

Daniel Guimarães

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