Google pagará multa de quase 1 bilhão de euros para a França

O Google pagará quase um bilhão de euros (aproximadamente R$ 4,5 bilhões) para o governo da França para encerrar uma investigação de fraude fiscal.

“Acabamos com as disputas tributárias que tivemos na França por muitos anos”, informou a Alphabet, empresa controladora do Google.

A gigante norte-americana deverá pagar 500 milhões de euros para o acordo relacionado com casos de fraude fiscal. Além disso, a companhia precisará desembolsar 465 milhões de euros por conta de impostos atrasados.

“É um acordo histórico para nossas finanças públicas e porque marca o fim de uma era”, afirmou o ministro das Contas Públicas da França, Gérald Darmanin.

O acordo entre o Google e as autoridades francesas ocorreu graças a uma convenção judicial. Com isso, as empresas podem negociar multas sem precisar declarar culpa ou participar de um julgamento.

Investigações sobre o Google

Em maio de 2016, as autoridades francesas autorizaram uma operação de busca e apreensão nos escritórios do Google em Paris. Segundo o governo do país, a companhia não pagou impostos de mais de 189 milhões de euros entre 2011 e 2016.

Para reduzir os impasses tributários com gigantes multinacionais, o governo da França criou um imposto específico para esse grupo. O “GAFA”, sigla formada por Google, Amazon, Facebook e Apple, começou a ser cobrado neste ano.

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O país europeu prometeu ao governo norte-americano que deixará de cobrar essas taxas caso um acordo internacional sobre impostos para gigantes da tecnologia seja estabelecido.

Investigação nos Estados Unidos

Cerca de 48 estados e dois territórios estadunidenses abriram uma investigação contra a Alphabet. A medida deve checar se a companhia estabelece um monopólio.

Saiba mais: Estados dos EUA abrem investigação contra Google por concorrência desleal

De acordo com os procuradores-gerais dos estados, o Google domina todos os aspectos da publicidade e do mercado online. Assim, a gigante em tecnologia norte-americana comanda tanto o comprador quanto o anunciante.

“Consumidores acreditam que a internet é livre, mas não é. Essa é uma companhia que domina todos os aspectos da publicidade e busca. O lado do comprador, do consumidor e até mesmo o segmento de vídeo com YouTube”, disse o procurador-geral do Texas, Ken Paxton, sobre a investigação contra o Google.

Giovanna Oliveira

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