Estados dos EUA abrem investigação contra Google por concorrência desleal

Aproximadamente 48 estados e mais dois territórios dos Estados Unidos abriram uma investigação antimonopólio contra o Alphabet, detentor do Google.

De acordo com os procuradores-gerais dos estados, o Google domina todos os aspectos da publicidade e do mercado online. O gigante em tecnologia comanda tanto o comprador quanto o anunciante.

“Consumidores acreditam que a internet é livre, mas não é. Essa é uma companhia que domina todos os aspectos da publicidade e busca. O lado do comprador, do consumidor e até mesmo o segmento de vídeo com YouTube”, disse o procurador-geral do Texas, Ken Paxton.

A procuradora-geral do Arkansas, Leslie Rutledge, informou que os consumidores são prioridade. “Quando minha família está doente e procuro online, quero o melhor auxílio, não a clínica que pode gastar mais em publicidade. A maioria dos EUA pensa que é gratuito pesquisar algo, mas vem com um custo”, disse Rutledge.

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A ofensiva de vários estados norte-americanos tem como objetivo que o mercado seja “justo e aberto a todos”, informou a procuradora-geral de Massachusetts, Maura Healey. Segundo a procuradora, o Google e o Facebook, são as únicas empresas que contém o controle total da publicidade digital. Dessa forma, eles agem como um duopólio.

Google domina mais de 90% do mercado

Conforme dados da consultoria Statcounter, o Alphabet tem uma participação de mais de 90% do mercado global. O detentor do Google controla o principal navegador, o sistema operacional para dispositivo móveis, servidor de e-mail e a maior plataforma de vídeo.

  • Chrome = 63% do mercado
  • Android = 76% do mercado
  • Gmail = 1,5 bilhão de usuários
  • YouTube = 2 bilhões de usuários.

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“O Google comanda uma grande parcela do mercado de publicidade online e nós devemos garantir que todos são tratados de maneira justa”, disse o procurador-geral do Distrito de Columbia. Karl Racine. De acordo com Racine, os procuradores, além de protegerem os consumidores, desejam proteger os pequenos negócios que podem estar sofrendo os efeitos de um poder monopolista.

Poliana Santos

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