Balanços da semana

Goldman Sachs revisa balanço do 2T20 após pagar governo da Malásia

O Goldman Sachs (NYSE: GS) anunciou, nesta sexta-feira (7) a revisão do seu balanço de resultados referente ao segundo trimestre de 2020, após fechar um acordo legal com o governo da Malásia. O pagamento de US 3,9 bilhões (cerca de R$ 21,15 bilhões) ao governo asiático foi realizado devido às alegações de que o banco norte-americano estava envolvido com um fundo de investimentos corrupto no país.

Esse acordo, alcançado no mês passado logo após o final do trimestre, reduziu o lucro do banco em US$ 2 bilhões, para US$ 373 milhões, ou US$ 0,53 por ação. Anteriormente, o Goldman Sachs havia relatado lucros de US$ 2,4 bilhões, ou US$ 6,26 por ação, mantendo-se estável durante um período em que a pandemia do coronavírus (covid-19) afetou os resultados de outros bancos.

De acordo com a resolução jurídica, o Goldman vai pagar US$ 2,5 bilhões em dinheiro ao governo da Malásia para resolver as acusações de que ele permitiu o roubo de bilhões de dólares do fundo de investimento, conhecido como 1MDB. A instituição também garantiu a recuperação de US$ 1,4 bilhão em ativos supostamente roubados do fundo.

No Suno One você aprende a fazer seu dinheiro para trabalhar para você. Cadastre-se gratuitamente agora!

O banco destinou US$ 2 bilhões adicionais em provisões legais no trimestre, de acordo com o documento divulgado na sexta-feira, muitos dos quais provavelmente irão para o Departamento de Justiça dos EUA para resolver suas alegações relacionadas ao 1MDB. Os promotores federais acusaram o Goldman de violar as leis anti-suborno e anti-corrupção ao ignorar os sinais de alerta sobre a 1MDB, que levou ao banco a lucros que ultrapassaram US$ 600 milhões.

A receita em mercados globais cresceu 93%, para US$ 7,18 bilhões, um crescimento similar ao observado com outras instituições que apresentaram seus balanços na última terça-feira (14), como o J.P. Morgan e o Citigroup.

Veja Também: Goldman Sachs alerta para risco do dólar deixar posição de reserva global

“A turbulência que vimos nos últimos meses apenas reforça nosso compromisso com a estratégia que delineamos no início deste ano para os investidores”, afirmou o CEO da Goldman Sachs, David Solomon em comunicado.

Daniel Guimarães

Compartilhe sua opinião