Goldman Sachs prevê contração do PIB brasileiro em 2020

O Goldman Sachs prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil apresentará queda de 0,9% em 2020 por conta dos impactos da pandemia de coronavírus (covid-19). A informação faz parte de um relatório divulgado nesta quarta-feira (18) pelo banco norte-americano.

No relatório divulgado no mês passado, o Goldman Sachs previa um avanço de 1,5% para a economia brasileira. Além disso, a projeção publicada em janeiro para o crescimento do PIB era ainda mais alta, de 2,2%. Em ambas estimativas, nenhum caso de coronavírus havia sido confirmado no Brasil.

O banco informou ainda que os seguintes países da América Latina também deverão registrar contração em suas economias:

  • Equador (-2,7%);
  • Argentina (-2,5%);
  • México (-1,6%);
  • Chile (-0,5%).

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“A combinação de demanda externa por bens e serviços em declínio, piora dos termos de troca, aperto significativo das condições financeiras domésticas e impacto econômico das medidas em rápida escalada para lidar com o surto de Covid-19 dentro das fronteiras nacionais, nos levaram a revisar ainda mais para baixo nossas perspectivas para as economias”, diz o relatório divulgado pela instituição financeira.

De acordo com o banco norte-americano, as economias deverão começar a apresentar sinais de recuperação a partir do segundo trimestre deste ano.

Goldman Sachs reduz projeção para o PIB dos EUA

No último domingo (15), o Goldman Sachs cortou também a projeção de crescimento da economia dos Estados Unidos. A instituição financeira estima que o PIB permaneça estagnada no primeiro trimestre deste ano. Antes, era esperado o crescimento de 0,7% no período.

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Com a redução, o banco agora prevê que o PIB norte-americano cresça somente 0,4% no acumulado deste ano. A projeção anterior era de 1,2%.

“Nós esperamos que a atividade econômica dos EUA se contraia significativamente no restante de março e em abril, à medida que o medo do vírus leva consumidores e empresas a continuarem a cortar gastos em coisas como viagens, entretenimento e refeições em restaurantes”, informou o Goldman Sachs em nota.

Giovanna Oliveira

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