Gol (GOLL4) negocia alternativas para dívida US$ 300 mi

O presidente executivo da Gol (GOLL4), Paulo Kakinoff, afirmou nesta terça-feira (23) que a companhia aérea negocia atenuantes para dívida US$ 300 milhões (cerca de R$ 1,55 bilhões) em meio à pandemia do novo coronavírus.

O executivo , em conferência virtual sobre o setor aéreo, que a Gol dispõe de caixa suficiente para honrar a dívida, no entanto negocia alternativas  para mitigar o impacto em estratégia para preservar o caixa. A reunião organizado pela Airport Infra Expo contou com a participação de representes do Ministério da Infraestrutura e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

“Temos este vencimento no mês de agosto, cujos recursos para amortização nós temos em caixa. Temos o objetivo de preservar o máximo possível o caixa e trabalhamos em alternativas para que estes compromissos possam ser atenuados”, afirmou Kakinoff.

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Gol tem condições de voar sozinha, diz CEO

Quando perguntado sobre o acordo de codeshare entre as concorrentes Azul (AZUL4) e Latam, o executivo declarou que se trata de uma tendência de acelerar o fim do desequilíbrio entre oferta e demanda para as aéreas devido à pandemia. No entanto, o presidente da Gol salientou que a companhia tem condições de seguir sozinha.

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“A Gol hoje é uma empresa que tem 40% de participação de mercado. Temos escala suficiente para que a gente possa navegar por esse deserto e através de nossos ganhos de eficiência e viabilizar nossos planos”, completou o CEO.

“As empresas no mundo todo estão sofrendo ajustes e algumas delas se inviabilizando (…) e haverá quantidade significativa de fusões, não aquisições, porque as empresas estão em patamar de liquidez muito baixo”, salientou Kakinoff. “No nosso caso, não parece ser que faça muito sentido essa agenda”.

Empresa negocia financiamento com BNDES e bancos privados

O diretor da Gol também lembrou que as negociações com o Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e outros bancos privados continuam a avançar e podem levar a um acordo em breve. O executivo, entretanto, preferiu não dar mais detalhes sobre o assunto.

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O segmento de aviação vem negociando há meses apesar das tratativas se mostrarem um entrave em questões como diluição acionária. Para Kakinoff, mesmo havendo um acordo com o setor, a linha de financiamento “é uma alternativa para o setor. Essa linha não necessariamente será usada ou é única alternativa” para a Gol.

Arthur Guimarães

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