GOL (GOLL4) divulga queda da ocupação para 71,6% em março

Segundo a GOL (GOLL4), a taxa de ocupação total dos voos caiu para 71,6% em março. No mesmo período do ano passado, a ocupação era de 79,3%. Os dados prévios de tráfego do mês de março foram divulgadas nesta segunda-feira (6) pela companhia.

De acordo com a GOL, uma das razões para a queda da taxa de ocupação em suas aeronaves é a queda de 29,7% na demanda pelos voos e recuo de 22,2% na oferta pelas viagens, ocasionada pelo avanço da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

No mercado interno, a taxa de ocupação de 79,8%, em março de 2019, para 72,8%. A demanda caiu 27,4% e a oferta, 20,4%. A companhia relatou que, entre 1 e 13 de março, antes das primeiras medidas em relação à contenção da doença, a ocupação nos voos domésticos era cerca de 82%.

A retração na taxa de ocupação dos voos internacionais da área foi ainda mais elevada, de 76,2% para 63,8% na comparação de ano a ano, com uma queda de 42,9% na demanda e recuo de 31,7% na oferta.

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“Ao longo do mês de março, a malha aérea da GOL foi ajustada, tanto no mercado doméstico quanto no internacional, para atender à diminuição da demanda de clientes, à medida que os brasileiros adotam medidas responsáveis de distância social e evitam viagens durante a pandemia de Covid-19”, informou a GOL.

“Novos ajustes serão feitos para garantir aderência da oferta aos novos patamares de demanda”, afirmou.

GOL reduz malha aérea doméstica

Em 16 de março, a companhia cortou os voos domésticos em 50% a 60% e voos internacionais em 90% a 95%. Desde o dia 28 de maço, a malha aérea doméstica foi reformulada, em uma alteração que representou uma diminuição de 92%.

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Além disso, a GOL confirmou, por meio de um fato relevante, a interrupção total dos voos internacionais. Serão mantidos 50 voos diários entre o Aeroporto Internacional de São Paulo em Guarulhos (GRU) e as demais 26 capitais do Brasil.

A companhia informou que sua oferta de serviços será ajustada conforme a demanda específica das capitais, podendo realizar voos extras de acordo com a necessidade para destinos regionais e internacionais.

Quanto às alterações nas passagens já compradas durante esse período de contenção da pandemia, a companhia informou que flexibilizou as regras e os procedimentos para as mudanças. Não serão cobradas taxas, “evitando possíveis restrições nessas acomodações”.

Além da GOL, outras empresas aéreas também estabelecerão medidas de contenção ao coronavírus. A LATAM informou, no dia 2 de abril, que irá paralisar 95% de sua operação devido ao vírus. A Azul (AZUL4) anunciou que já aprovou 7,5 mil solicitações de licenças não remuneradas e cortou 50% do salário de membros do comitê executivo. Ambas as companhias, no entanto, ainda não divulgaram seus resultados prévios do mês de março.

Jader Lazarini

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