Maior gestora de ativos do mundo, BlackRock vai demitir 500 funcionários

A BlackRock vai eliminar quase 500 vagas de trabalho. A maior empresa em gestão de ativos do mundo quer simplificar algumas áreas e investir mais em tecnologia, produtos de previdência, investimentos alternativos e fundos negociados na bolsa.

As demissões da BlackRock correspondem a aproximadamente 3% dos 14 mil funcionários da empresa. Os movimentos da empresa refletem as pressões sobre o setor para expandir as operações.

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A gestora administra US$ 6,4 trilhões de ativos. No entanto, a empresa e suas concorrentes têm enfrentado uma desaceleração do fluxo de novos clientes no último ano. Além disso, contribuem para as dificuldades da companhia uma maior competição de preço e uma queda no valor das suas ações.

“As incertezas do mercado estão crescendo, as preferências dos investidores estão evoluindo e o ecossistema em que nós operamos está se tornando cada vez mais complexo”, diz um memorando interno da BlackRock. “As mudanças que nós estamos fazendo vão nos ajudar a continuar a investir nas oportunidades de crescimento mais importantes para o futuro”.

Sobre a BlackRock

Muito famosa dentro do mercado financeiro, a BlackRock é uma companhia americana de gerenciamento de investimentos de nível global.

A BlackRock foi fundada em 1988, a princípio como uma gestora de ativos. Hoje é responsável por administrar um patrimônio total de mais de US$ 6 trilhões.

Atualmente, a empresa possui uma capitalização de mercado de mais de US$ 86 bilhões e opera servindo os seus clientes com a venda de fundos mútuos, fundos de aposentadoria, entre outros serviços.

Ela está presente em mais de 30 países. Sua carteira de ativos está dividida da seguinte forma:

  • Américas: 63% do total de ativos
  • Europa: 29%
  • Ásia-Pacífico: 8%

Embora a BlackRock não desfrute de um monopólio em seu setor, são poucas as empresas de grande porte que não possuem negócios com essa instituição. Nos EUA, por exemplo, metade das doações feitas no país dependem da BlackRock para administrar os recursos.

Guilherme Caetano

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