Grana na conta

Futuros de NY flutuam após mais um recorde de casos da pandemia

O mercado dos futuros de Nova York opera de forma estável na manhã desta sexta-feira (26), digerindo as informações sobre o avaço da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) nos EUA. As bolsas europeias também seguem atentas à recuperação econômica no período pós-quarentena e operam no azul. Os mercados asiático também apresentam ganhos.

Por volta das 8h, os mercados futuros dos EUA oscilavam sem direção única. O S&P 500 futuro operava com uma alta de 0,16%. Na última quinta-feira (25), o índice das 500 maiores companhias norte-americanas fechou em alta de 1,10%, a 3.083,76 pontos — cerca de 9% abaixo da máxima atingida em janeiro.

Os estados mais populosos do país viram os casos confirmados da pandemia aumentar 30% na última semana, de acordo com informações da universidade John Hopkins. Enquanto a Flórida passa a fechar estabelecimentos novamente, o Texas interrompeu os planos de reabrir a economia — ao contrário de Nova York, onde crescem os avanços para a retomada dos negócios.

No Suno One você aprende a fazer seu dinheiro trabalhar para você. Cadastre-se gratuitamente agora!

Os departamentos estaduais de saúde norte-americanos registraram mais de 37 mil novos casos na última quinta, liderados pela Flórida, Texas, Califórnia e Arizona, superando o nível de 36,18 mil de 24 de abril. O total de casos no país ultrapassou 2,41 milhões.

Os funcionários da Disney (NYSE: DIS) convenceram a direção da empresa a adiar os planos de reabertura na Califórnia e Orlando, que aconteceriam no dia 11 de julho. A Apple (NASDAQ: AAPL) divulgou que fechará mais lojas no Texas após um forte crescimento dos casos do vírus. Segundo Rhys Herbert, economista sênior do Lloyds Banking Group, em entrevista ao “The Wall Street Journal”, os investidores “estão realmente procurando orientação sobre qual é o próximo estágio: veremos sinais de recuperação ou há algum perigo de que as coisas escorreguem novamente?”.

O Dow Jones também subia 0,05%, para 25.608,0 pontos. A Nasdaq, por sua vez, subia levemente 0,29%, a 10.117,38 pontos. O S&P 500 VIX, “indicador do medo” do mercado norte-americano, que mede a volatilidade dos ativos, apresentava uma pequena desvalorização de 0,60%, para 31,95 pontos.

O mercado permanece atento aos dados do consumo de famílias em maio, que serão divulgados às 9h30 desta quinta (horário de Brasília). Segundo especialistas, será possível precisar uma menor barreira ao consumo e menores restrições a empresas, além de estímulos governamentais à economia.

As bolsas europeias permanecem com um sentimento mais contido, mas otimistas com os dados econômicos da região demonstrando uma considerável melhora, enquanto as medidas de restrição em função da pandemia são reduzidos ao passo que não há um acentuado crescimento do coronavírus.

Em declaração nesta sexta, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, afirmou que a recuperação da pandemia será “contida” e mudará de forma permanente partes da economia. Segundo ela, por mais que o pior da crise possa ter acabado, demorará para que o salto “fenomenal” nas economias chegue a maiores investimentos e gastos.

Às 8h20, o DAX 30, índice alemão, operava com uma alta de 1,15%, a 12.316,35 pontos. O britânico FTSE 100, no entanto, subia 1,74%, para 6.253,23 pontos. O índice francês, CAC 40, avançava 1,77%, para 5.005,57 pontos.

O FTSE MIB, índice italiano, operava com uma alta de 1,57%, a 19.536,50 pontos, já próximo do nível pré-pandemia. O Euro Stoxx 50, maior índice acionário da zona do euro, subia 1,54%, para 3.267,55 pontos.

Nos mercados asiáticos, as bolsas chinesas estão fechadas até esta sexta, devido ao Festival do Barco do Dragão, feriado nacional. No entanto, isso não foi impeditivo para elevar as tensões entre China e Estados Unidos.

O Senado dos EUA aprovou um projeto que puniria autoridades chinesas que procurariam tirar a autonomia de Hong Kong em relação a Pequim, assim como os bancos e empresas que negociam com eles. O governo Trump expressou sua preocupação quanto à legislação, que pode dificultar as negociações diplomáticas entre os países.

A bolsa do Japão, Nikkei 225, encerrou o pregão com uma alta de 1,13%, a 22.512,08 pontos, enquanto a KOSPI, da bolsa da Coreia do Sul, encerrou as negociações subindo 1,05%, para 2.134,65 pontos. A Hang Sang, de Hong Kong, caiu 0,93%, para 24.549,99 pontos.

Saiba mais: Fed limita dividendos e proíbe recompra de ações para grandes bancos

Às 8h30, o petróleo WTI subia 0,49%, sendo negociado a US$ 38,90 o barril. Por sua vez, o petróleo Brent registrava um avanço de 0,93%, a US$ 41,42 o barril. As cotações da commodity procuram retomar a tendência de crescimento após a gradual recuperação da demanda, enquanto as economias tentam reabrir com cautela.

Embora tenha presenciado uma onda de otimismo no começo do mês, os mercados globais e os futuros estadunidenses permanecem de olho nos possíveis impactos da pandemia na economia mundial.

Jader Lazarini

Compartilhe sua opinião