Futuros de NY operam em baixa com temor pelo avanço da Covid-19

Os mercados futuros de Nova York operam em queda na manhã desta sexta-feira (10) e caminham para encerrar a semana de forma estável. Os investidores mostram-se mais apreensivos quanto ao avanço da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Os mercado asiático, após consecutivas altas, fechou em baixa, enquanto as bolsas europeias operam no azul.

Por volta das 7h25, os mercados futuros dos EUA operavam em baixa. O S&P 500 futuro apresentava uma baixa de 0,47%, para 3.126,12. O mercado à vista do índice das 500 maiores empresas norte-americanos já apagou as perdas devido à pandemia quase em sua totalidade.

No mesmo horário, o Dow Jones também caía, a 0,57%, para 25.425,0 pontos. Já a Nasdaq recuava 0,31%, a 10.694,75 pontos, mantendo o patamar altista após atingir a máxima histórica. O S&P 500 VIX, “indicador do medo” do mercado norte-americano, que mede a volatilidade dos ativos, subia levemente 0,98%, para 30,52 pontos.

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O mercado internacional segue de olho nos efeitos do coronavírus no território dos EUA, o que parece não tem diminuído. Embora as perspectivas econômicas demonstrem certa recuperação, os títulos do Tesouro estadunidense, de 10 anos e 30 anos, atingiram seus menores patamares dos últimos meses, com rendimento de 0,582% e 1,279%, respectivamente, representando maior demanda por ativos livres de risco.

Segundo Brian O’Reilly, diretor de estratégia de mercado do fundo de investimento Mediolanum, em entrevista ao “The Wall Street Journal”, “em algum momento, você aceita a realidade de que a Covid não desapareceu, que terá um impacto em todas as economias em termos de distanciamento social até que tenhamos uma vacina”.

Na última quinta-feira (9), os Estados Unidos registraram 63.247 novos casos do coronavírus — em todo o mundo, o número de mortos pelo doença já ultrapassou meio milhão, e mais de 12 milhões de pessoas já foram infectadas. Uma segunda onda de contaminações na Ásia, local de onde surgiu a pandemia, segue no radar nos investidores.

Hong Kong, que era um exemplo do combate à doença, deverá fechar as escolas novamente devido ao aumento das infecções. O índice acionário Hang Sang fechou em queda de 1,38%, para 25.727,41 pontos.

Na China, após 8 pregões seguidos de alta, o mercado voltou a cair, encerrando em baixa de 1,95%, para 3.383,32 pontos. Um jornal estatal especializado em finanças lembrou a importância do investimento a longo prazo, alertando a população sobre os riscos do mercado acionário, como a bolha de 2015.

A bolsa do Japão, Nikkei 225 encerrou o pregão com uma baixa de 1,06%. Já KOSPI, mercado da Coreia do Sul, encerrou as negociações registrando -0,81%.

Ao contrário dos demais mercados, a Europa apresenta ganhos nesta sexta-feira. O DAX 30, índice alemão, operava com uma alta de 0,37%, a 12.530,85 pontos. Na última quinta, o índice da maior economia da Europa caiu 0,04%.

O índice francês, CAC 40, registrava +0,41%, para 4.941,32 pontos. O britânico FTSE 100, por sua vez, apresentava uma alta de 0,52%, para 6.080,65 pontos.

O FTSE MIB, índice italiano, operava com um avanço de 0,69%, a 19.640,50 pontos, acima do nível pré-pandemia. O Euro Stoxx 50, maior índice acionário da zona do euro, subia 0,43%, para 3.275,07 pontos.

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Às 7h50, o petróleo WTI apresentava uma queda de 2,07%, sendo negociado a US$ 38,79 o barril. Por sua vez, o petróleo Brent registrava uma baixa de 1,79%, a US$ 41,61 o barril. Os preços da commodity procuram retomar a tendência de crescimento, já demonstrando uma consistente recuperação em relação ao ponto mais baixo durante a pandemia.

Junho foi um mês de forte otimismo sobre a expectativa da recuperação econômica em resposta ao coronavírus. Todavia, os riscos de uma segunda onda deixam os investidores atentos, o que se reflete nos mercados futuros e as bolsas globais.

Jader Lazarini

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