Futuros de NY operam em alta mesmo com desemprego; Ibovespa futuro sobe 1,7%

Os futuros de Nova York operam em alta na manhã desta sexta-feira (5), enquanto aguardam os dados sobre o desemprego no país. Após a abertura dos mercados, as bolsas europeias também apresentam forte alta após mais uma leva de estímulos do Banco Central Europeu (BCE), a exemplo do mercado asiático, que fechou em valorização majoritária.

O Ibovespa futuro, por sua vez, abriu em forte alta nesta sexta-feira. Seguindo os futuros norte-americanos, o mercado do maior índice acionário da bolsa de valores brasileira, por volta das 9h30, apresentava um avanço de 1,73%.

Antes, por volta das 7h25 desta sexta-feira, o Dow Jones apresentava um avanço de 1%, a 26.512,0 pontos. A Nasdaq apresentava uma alta levemente menor, de 0,29%, atingindo 9.654,38 pontos. Os futuros do mercado estadunidense estão no aguardo do relatório da taxa de desemprego mensal no país.

O relatório, que será divulgado pelo Departamento do Trabalho às 9h30 (horário de Brasília), deve revelar uma nova onda de perdas de postos e a maior taxa de desemprego do período pós-Segunda Guerra Mundial.

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Os investidores, contudo, parecem estar focados no processo de reabertura da economia do país, após meses de paralisação em função da pandemia do novo coronavírus — ignorando, portanto, as baixas históricas no mercado de trabalho e a convulsão social ocasionada pelo assassinato de George Floyd.

O S&P 500 futuro apresentava uma alta de 0,70%. Na última quinta-feira (4), o mercado à vista fechou com uma baixa de 0,34%, a 3.112,35 pontos. O índice das 500 maiores empresas norte-americanas já está próximo de sua máxima histórica, atingida no período pré-pandemia.

Após a abertura dos mercados, as bolsas europeias mostravam-se otimistas após o BCE apresentar uma expansão em seu pacote de estímulos à economia da zona do euro. A autoridade monetária central da União Europeia (UE) elevou para 1,35 trilhão de euros (cerca de R$ 7,83 trilhões) a sua compra de títulos de dívidas governamentais e corporativas até junho do ano que vem.

Os pagamentos dos títulos vencidos serão reinvestidos até o final de 2022. Além disso, a principal taxa de juros da zona do euro foi inalterada, permanecendo em 0,5%. A expansão do programa, segundo analistas, foi mais agressiva do que o esperado, o que deve absorver grande parte das dívidas que estão sendo criadas por governos da região em meio à pandemia.

Às 7h42 desta sexta-feira, o DAX 30, índice alemão, operava com uma alta de 1,29%, a 12.591,75 pontos. O britânico FTSE 100 apresentava um avanço de 0,95%, para 6.402,24 pontos. O índice francês, CAC 40, subia 1,70%, para 5.096,49 pontos.

O FTSE MIB, índice italiano, registrava uma alta de 1,73%, para 19.970,50 pontos, patamar próximo do período pré-coronavírus. O Euro Stoxx 50, maior índice acionário da zona do euro, da mesma forma, subia 1,67%, a 3.315,77 pontos.

Embora os investidores mostrem-se otimistas com o futuro, a presidente do BCE, Christine Lagarde, disse, em entrevista coletiva na última quinta-feira, que a instituição estima uma queda de 8,7% na economia do bloco neste ano. A instituição, entretanto, informou que em 2021 esse prejuízo começará a ser recuperado.

As bolsas asiáticas, de forma similar, encerrarm de forma positiva nesta quinta-feira. As tensões entre China e EUA parecem ter esfriado nos últimos dias, ao passo que o coronavírus dá sinais de estagnação nos países que o contraíram primeiro, fazendo com que a reabertura de tais economias seja factível.

A bolsa do Japão, Nikkei 225 encerrou o pregão com uma leve alta de 0,74%. O índice SSE Composite, de Xangai, na China, apresentou uma alta de 0,40%, para 2.930,80 pontos. A bolsa de Hong Kong, mesmo em meio à novos protestos contra a interferência chinesa, registrou +1,66%.

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Já KOSPI, da bolsa da Coreia do Sul, encerrou as negociações com um avanço de 1,43%. O único mercado do continente asiático e do Oriente Médio que fechou em queda foi o Tadawul All Share, da Arábia Saudita, com -0,20%. A bolsa saudita fechou em baixa à espera do novo acordo provisório da Opep+, estabelecido prolongar seus cortes recordes na produção de petróleo.

O petróleo WTI, entretanto, subia 2,41%, sendo negociado a US$ 38,41 o barril. Por sua vez, o petróleo Brent subia 3,35%, a US$ 41,31 o barril. Os preços da commodity estão retomando a tendência de alta após a gradual recuperação da demanda, ao passo que as economias de todo o mundo reabrem.

Apesar das turbulências políticas, econômicas e sanitárias, os futuros operam em alta, assim que as bolsas de todo o mundo, precificando uma melhora no cenário macroeconômico.

Jader Lazarini

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