BNDES: fundo para seguro de crédito poderá emprestar até R$ 100 bi

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, declarou nesta quarta-feira (15) que o próximo passo para a instituição será atuar mais diretamente em seguros e fianças.

O executivo do banco de fomento afirmou, durante live organizada pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (Abimaq), que um fundo com essa finalidade poderia emprestar até R$ 100 bilhões.

“O BNDES é muito conhecido pelos financiamentos. No último ano a gente botou de pé o BNDES serviços, que faz modelagens para os governos federal e estadual. O próximo passo da nossa estratégia é o BNDES atuar mais diretamente em seguros e fianças, assumindo riscos sem necessariamente desembolsar”, destacou Montezano.

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O presidente do banco de desenvolvimento definiu a estratégia como transformacional. Nesse sentido, o executivo afirmou que a escolha parte do diagnóstico de que o grande gargalo do mercado de crédito, atualmente, é quem assume o risco do crédito.

“Vai ser um fundo de seguro de crédito com o potencial de emprestar até R$ 100 bilhões para micro, pequenas e médias empresas, se a demanda conseguir suportar isso. Um fundo todo gerido e operacionalizado pelo BNDES. O banco tem expertise para fazer a transição do empréstimo para o seguro-fiança. E o marco inicial a gente vai comemorar na próxima semana”, informou Montezano, se referindo ao Programa Emergencial de Acesso ao Crédito.

Governo discute modelagem de acesso para exportadores, diz BNDES

O presidente do BNDES também afirmou que o governo federal discute a modelagem de acesso para exportadores. “Tem a linha de guichê único, que é o exim bank, e tem a linha para fazer de forma separada o seguro e o financiamento. É exatamente isso que está sendo debatido hoje no governo e o BNDES vai atuar conforme política publica que for decidida”, detalhou Montezano.

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A instituição não atuava no segmento de seguro de crédito pois o Brasil nunca teve esse produto, como em outros países. “Apesar da burocracia, estamos em fase final da aprovação do melhor formato para o FGI [Fundo Garantidor para Investimentos]”. A ferramenta tem como objetivo facilitar a obtenção de crédito para micro, pequenas e médias empresas, empreendedores individuais, cooperativas e caminhoneiros autônomos.

O BNDES planeja operações de até R$ 10 milhões para cada cliente. “O FGI veio para ficar. Vai ser operado durante a crise e depois permanecerá porque melhora o risco retorno da operação e faz aumentar a competição bancária”, afirmou Montezano.

Arthur Guimarães

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