Fundo de investimentos britânico aumenta participação na Oi para 12%

O fundo de investimentos britânico York Global Finance Fund aumentou sua participação em ações ordinárias da Oi para 12,35%, segundo a companhia telefônica na última terça-feira (5).

Dessa forma, a York passa a ter 12% na participação total da Oi.

Por meio de um formulário entregue pela Oi à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em 30 de janeiro, a companhia afirma que a York não estava entre as maiores acionistas da companhia.

De acordo com a Oi, a participação é uma decisão de investimento. No entanto, a empresa afirma não ter a pretensão de alterar a composição do controle e nem a estrutura administrativa da empresa.

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Recuperação judicial

O processo de recuperação da Oi é o maior da história do Brasil.

Em junho de 2016, o processo foi iniciado com dívidas acima dos R$ 65 bilhões e cerca de 55 mil credores envolvidos.

Entretanto, o processo de recuperação é complexo devido a importância da empresa em território nacional.

A companhia é a maior operadora de telefonia fixa do Brasil. Além disso, é quarta de operadora móvel, somando aproximadamente 70 milhões de usuários.

Atualmente, a antiga Portugal Telecom e atual Pharol SGPS, é a maior acionista detendo 27,2% da empresa de telecomunicação.

A Pharol tentou se fundir a companhia brasileira, tentando criar um grupo internacional de telecomunicações, entretanto, não obteve sucesso.

No dia 9 de janeiro, a Oi e Pharol anunciaram que todos os litígios foram extintos.

A operadora de telefonia aceitou pagar 25 milhões de euros (cerca de R$105 milhões) e entregar 33,8 milhões de ações a tesouraria da Pharol.

Além disso, a Oi se comprometeu a assumir custos com garantias judiciais relativas a processos da Pharol em Portugal.

No entanto, caso a Pharol venda sua participação da Unitel, maior operadora de telecomunicações de Angola, a empresa brasileira pagará eventuais condenações tributárias.

Já a Pharol, em sua parte, utilizará no mínimo 25 milhões de euros para aumentar o capital da Oi. Além disso, a empresa portuguesa votará a favor da companhia brasileira nas assembleias de acionistas, em relação a recuperação judicial.

Por sua vez, a Oi mantem o direito a indicar um membro do Conselho de Administração da Pharol para este mandato

Renan Bandeira

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