França lança plano de 8 bi de euros em resgate a setor automotivo

O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou nesta terça-feira (26) um plano histórico de 8 bilhões de euros (R$ 46,96 bilhões) em suporte ao setor automobilístico.

O movimento acontece para garantir a sobrevivência da indústria, em meio à crise induzida pela pandemia do novo coronavírus (covid-19) na França. As empresas foram fortemente afetadas pela medidas de paralisação das atividades econômicas e pela queda nas vendas.

A indústria automobilística francesa, que emprega diretamente 400 mil pessoas, registrou um tombo de 88,8% nas vendas em abril na relação com o mesmo período de 2019.

O plano visa uma transição para veículos menos poluentes, além de proteger a competitividade no setor. O movimento de suporte inclui, dessa forma, um aumento nos auxílios para a compra de veículos elétricos e híbridos recarregáveis na rede.

O plano também prevê um aumento em subsídios para famílias com menor renda possam adquirir um carro novo menos poluente e contra a demolição do veículo antigo. O projeto ainda aloca recursos para ampliar as pesquisas sobre a utilização do hidrogênio como fonte de energia para automóveis.

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O presidente francês afirmou que tenciona tornar o país no líder na Europa na produção de veículos “limpos”. Macron estipulou a meta de 1 milhão de unidades por ano.

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Para isso, segundo o chefe do Executivo, a Renault fará uma parceria com a PSA e com a Saft, subsidiária da Total, para um projeto de produção de baterias para veículos elétricos na Europa. Atualmente, a região depende de importações da China e da Coreia do Sul.

França injeta 450 bi de euros em medidas contra a crise

As medidas de combate a crise promovidas pelo governo francês para impulsionar a economia custaram 450 bilhões de euros. O valor é equivalente a 20% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, segundo afirmou o ministro das Finanças, Bruno Le Maire, na última segunda-feira (25).

O governo da França implementou, desde de meados de março, um pacote de medidas, como:

  • licenças subsidiadas pelo Estado;
  • empréstimos garantidos;
  • adiamento de impostos para pequenas empresas.

“Se pegarmos tudo que foi feito com o Orçamento e em suporte do caixa das empresas, é 450 bilhões de euros, 20% da riqueza do país na mesa”, afirmou Le Maire.

“Este é um plano de defesa de nosso emprego industrial, que enfrentará uma das crises mais severas de sua história”, declarou Macron. “É algo sem precedentes fora dos tempos de guerra”.

O governo utilizou 110 bilhões de euros em suporte direto à economia francesa. O país deve, entretanto, atualizar ainda os número com o projeto que revisa o Orçamento da França de 2020, em 10 de junho.

Arthur Guimarães

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