FMI e OMC fazem alerta sobre restrições de exportação em meio à pandemia

O Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Organização Mundial do Comércio (OMC) pediram cautela em relação as restrições sobre exportações de suprimentos médicos e alimentos. Isso porque muitos países estão sofrendo com a crise desencadeada pelo novo coronavírus (Covid-19) e essa medida “pode ser prejudicial”. O comunicado foi feito nesta sexta-feira (24).

Em um comunicado realizado pelas duas instituições, foi afirmado que há uma preocupação com o declínio do financiamento comercial. “Estamos preocupados com interrupções no fornecimento devido ao crescente uso de restrições à exportação e outras ações que limitam o comércio de suprimentos médicos fundamentais e de comida”, informaram as organizações.

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De acordo com a OMC, as restrições temporárias de exportação são autorizadas somente para a prevenção ou alívio da escassez nos países que fazem as vendas.

As organizações também pediram para que os países tenham cuidado ao implementar essas medidas. O FMI e a OMC disseram que as restrições à exportação “interrompem as cadeias de suprimentos, deprimem a produção e desviam produtos e trabalhadores escassos e críticos para longe de onde eles são mais necessários. Outros governos respondem com suas próprias restrições.”

FMI diz que coronavírus reduz atividade global ao pior nível desde 1929

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva, afirmou, na última segunda-feira (20), que a pandemia do novo coronavírus levará a economia global ao menor nível desde a Grande Depressão.

A dirigente da entidade relembrou que “já há algum tempo que esta é uma crise como nenhuma outra”. De acordo com Georgieva, devido ao coronavírus, o FMI estima que cerca de 170 países vão reduzir sua renda per capita. “Apenas alguns meses atrás nossas projeções mostravam 160 economias com um crescimento na renda per capita”, afirmou.

A diretora do FMI reiterou que a situação causada pela pandemia é muito mais complexa em relação às outras crises, uma vez que lida com os campos de saúde e economia diretamente interligados. A diretora declarou ainda que o nível de incertezas sobre o futuro ainda é alto. “Há mais incertezas na medida em que nós aprendemos gradualmente como enfrentar o novo vírus, tornar a contenção mais efetiva e restaurar as nossas economias”, afirmou.

Juliano Passaro

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