FMI: “a economia global está menos sombria do que se esperava”

O porta-voz do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gerry Rice, informou nesta quinta-feira (24) que as estimativas feitas há três meses para o cenário econômico global eram “mais sombrias” do que os resultados recentes apontaram, citando o desempenho da China e de outras potências mundiais econômicas.

De acordo com o porta-voz do FMI, os dados econômicos recentes registraram resultados melhores que o previsto, porém, o cenário global permanece desafiador em função da pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19), que prejudicou diversos setores da economia.

Ao falar sobre os países em desenvolvimento e mercados emergentes, Rice expressou preocupação, principalmente com o aumento dos níveis da dívida, apontando que a a situação está “precária” na maioria destas nações, com exceção da China.

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O porta-voz informou ainda que o FMI está pressionando o G20, para que ocorra a prorrogação de uma iniciativa que adie os pagamentos do serviço de dívida bilateral por países que enfrentam maiores dificuldades para depois de 2020.

O Fundo Monetário Internacional também está solicitando a participação da iniciativa de alívio da dívida pelos credores do setor privado, informou Rice.

FMI declara que crise econômica global “está longe de ter acabado”

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva, declarou no dia 9 de setembro deste ano suas preocupações acerca da economia global diante da pandemia do coronavírus (Covid-19), ressaltando a importância da vacina para a recuperação da recessão econômica.

Segundo Georgieva e Gita Gopinath, economista-chefe do FMI, apesar da economia global estar mostrando sinais de recuperação, os governos devem continuar apoiando o comércio e os trabalhadores com o intuito de evitar o máximo possível que ocorra uma onda de falências e desemprego.

Conforme os países anunciam políticas de relaxamento da quarentena e as empresas retornam ao seu funcionamento normal, ocorre uma “recuperação acentuada da produção, do consumo e do emprego”, anunciou o FMI em uma coluna publicada na revista Foreign Policy, ressaltando a rapidez dos governos em mobilizarem recursos com a finalidade de reduzir os impactos causados pela pandemia do Covid-19.

Entretanto, as economistas do FMI acreditam que os prejuízos gerados nesse período ainda serão observados mais para frente. “Esta crise está longe de ter acabado”, afirmaram.

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“A recuperação continua muito frágil e desigual entre diferentes regiões e setores. Para garantir que a recuperação continue, é essencial que este apoio não seja retirado de forma precipitada”, completaram Georgieva e Gopinath.

O FMI também alertou sobre a importância da cautela dos governos em relação a distribuição de recursos escassos, afirmando que algumas empresas irão falir, de forma inevitável, citando como exemplo o setor do turismo, que foi intensamente afetado pelas políticas de confinamento adotadas ao redor do mundo.

Rafaela La Regina

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