Flávio Bolsonaro: Receita montará equipe especial para investigar senador e mais 94

A Receita Federal vai criar uma equipe especial para investigar o senador Flávio Bolsonaro. Dessa forma, o órgão vai analisar as movimentações financeiras feitas pelo filho do presidente. Além disso, também serão alvos da investigação, o ex-assessor Fabrício Queiroz e mais 93 pessoas.

A averiguação ocorre depois que Flávio Bolsonaro teve o sigilo fiscal e bancário retirados por ordem da Justiça. O grupo da Receita vai investigar as movimentações financeiras atípicas dos citados. O objetivo é buscar entender o caminho do dinheiro das operações levantadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

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Dentre os pontos a serem investigados está o pagamento de R$ 24 mil por Queiroz para Michelle Bolsonaro. Na época em que a operação foi divulgada, o presidente afirmou que o valor era o pagamento de um empréstimo feito ao assessor.

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Imóveis de Flávio Bolsonaro

No último dia 15, o Ministério Público do Rio de Janeiro afirmou que o senador comprou 19 imóveis por um valor total de R$ 9 milhões. De acordo com o órgão, as operações têm indícios de lavagem de dinheiro. A informação foi divulgada pelo portal da revista “Veja”.

Segundo o MP,  Flávio Bolsonaro teria lucrado R$ 3,089 milhões em transações imobiliárias. Segundo os promotores “há suspeitas de subfaturamento nas compras e superfaturamento nas vendas” entre 2010 e 2017. Nesse período o político teria investido R$ 9,425 milhões na compra de 19 imóveis, entre salas e apartamentos.

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O MP salientou que a suposta fraude poderia ter ocorrido para “simular ganhos de capital fictícios” que encobririam “o enriquecimento ilícito decorrente dos desvios de recursos” da Assembleia Legislativa do Rio.

Entre os casos citados pelos procuradores aparecem valorizações excessivas de imóveis comprados pelo senador. Flávio Bolsonaro teria comprado um imóvel por R$ 140 mil e vendido cinco meses depois por R$ 550 mil. Assim, a valorização seria de 292% em um bairro com a valorização média de imóveis em torno dos 11%.

Beatriz Oliveira

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