Fitch rebaixa rating da Embraer (EMBR3) para BB+

A Embraer (EMBR3) teve seu rating rebaixado pela Fitch nessa terça-feira (28) e passou de BBB- para BB+, perdendo o grau de investimento. Segundo a agência, a revisão teve influência dos “fortes ventos contrários” que a companhia vem enfrentando por causa da pandemia do novo coronavírus (covid-19).

A Fitch ainda indiciou que a perspectiva negativa é influenciada pelas medidas de isolamento social, adotadas por governos ao redor do mundo, para evitar uma maior disseminação do novo vírus. As limitações vem causando incertezas no setor de aviação, assim como o risco de que continuem até o início de 2021.

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Além disso o comunicado salientou que a Embraer não está mais com uma nota de observação para um eventual rebaixamento, mas possui uma perspectiva negativa.

Além das turbulências causadas pela pandemia, a agência de classificação de riscos informou que o cancelamento do acordo da companhia com a Boeing pode se tornar um desafio para a posição competitiva da Embraer de médio e longo prazo.

Em contrapartida , com o cancelamento do acordo podem surgir novas oportunidades para negociações com outras empresas.

Fitch rebaixa nota de crédito de companhias devido à crise do coronavírus

No início de abril, a agência anunciou em um relatório que reavaliou o setor de varejo brasileiro e rebaixou a nota de crédito da Riachuelo, Ellus e da Smart Supermercados, motivada pela atua crise do coronavírus.

No relatório, a agência informou que prevê um prejuízo significativo em relação ao fluxo de caixa devido a paralisação das atividades dos shopping, além de prever danos nas estruturas de capital e no perfil de liquidez de produtos que não essenciais.

A Fitch salientou: “estes fatores, combinados, deverão exercer pressão significativa na demanda, o que deve impedir uma recuperação mais forte da indústria, como previamente projetado nos cenários-base das companhias”.

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Fitch ainda informou que o segundo semestre desse ano deverá ser o mais afetado “mas a curva de recuperação na segunda metade do ano [caso a pandemia termine até lá] deve ser lenta, sobretudo para as varejistas que vendem bens discricionários, que abrangem moda, bens de consumo duráveis, lojas de departamento e eletroeletrônicos”.

Laura Moutinho

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