Fiat Chrysler e PSA serão investigadas por órgão antitruste da UE

As autoridades supervisoras da União Europeia (UE) deram início a uma nova fase de investigação antitruste em relação ao negócio entre Fiat Chrysler e a PSA, controladora da Peugeot. A fusão entre as duas companhias poderia diminuir a competição no mercado de automóveis, precisamente no segmento de vans comerciais compactas. As informações são do “Financial Times (FT)” e foram divulgadas nesta quarta-feira (17).

A fusão entre Fiat Chrysler e PSA ficou em US$ 50 bilhões e foi anunciada em dezembro do ano passado. Juntas as empresas formam a quarta maior montadora do segmento de automóveis do mundo. Entretanto, este negócio ainda não foi finalizado e pode ser vetado pelas autoridades da UE.

A nova fase de investigação acontece por conta dos grupos não terem dado nenhuma concessão à Comissão Europeia para diminuir os receios em relação a um potencial domínio de mercado.

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Com o acordo aprovado, as duas empresas controlariam aproximadamente 35% do mercado de vans na Europa. O valor ultrapassa o dobro das concorrentes Renault e Ford.

A vice-presidente executiva da Comissão Europeia, Margrethe Vestager, falou ao “FT” sobre a concorrência neste mercado. “[As vans comerciais] são um mercado crescente e cada vez mais importante na economia digital, na qual consumidores privados dependem mais do que nunca dos serviços de entrega”, afirmou Vestager.

Presidente da Fiat Chrysler afirma que setor de veículos recuará 15 anos

O presidente da Fiat Chrysler Automóveis (FCA) para a America Latina, Antonio Filosa, disse, em meados de maio, durante entrevista ao jornal ‘O Estado de S. Paulo’, que a crise provocada pelo novo coronavírus (Covid-19) pode fazer com que o setor de veículos “retroceda 15 anos”.

De acordo com o executivo da Fiat Chrysler, em abril houve uma queda de 90% na demanda de automóveis ao passo que em maio a retração deve ser de 70% a 75%. Para o o terceiro trimestre, a previsão é que a demanda apresente um resumo entre 40% e 50%. Nos últimos três meses do ano, a redução deve ficar na faixa de 20% a 30%.

Juliano Passaro

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