Balanços da semana

FGV: Produto Interno Bruto cresceu 1,1% em 2018

Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,1% em 2018. Essa é a mesma taxa de crescimento econômico apresentada em 2017.

O cálculo foi realizado pelo Monitor do PIB da FGV e divulgado nesta terça-feira (19). Segundo a Fundação Getúlio Vargas, a alta foi puxada principalmente pelos serviços, que cresceram 1,3% no ano. Por sua vez, a indústria e a agropecuária também registraram avanços, respectivamente de 0,4% e 0,6%.

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Segundo a FGV o ritmo da recuperação da econômica brasileira é muito lento e ainda está longe de retomar o período anterior à recessão de 2014. Para a Fundação Getúlio Vargas, o resultado é “decepcionante” e foi influenciado pela incerteza que permeou a economia. A greve do caminhoneiros e o período eleitoral influenciaram muito esse resultado.

Segundo a FGV, em valores correntes o PIB brasileiro encerrou 2018 em R$ 6,76 trilhões. Um valor ainda inferior ao de 2012. Em termos de PIB per capita, o Brasil encerrou 2018 com R$ 32.443. Um valor inferior ao de 2010.

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Análise setorial

Entre os serviços, os maiores destaques em 2018 foram os setores:

  • imobiliários (3,1%)
  • comércio (2,1%)
  • transportes (2%)

A informação foi o único setor de serviços que registrou queda (-0,1%).

No caso da indústria, foram registradas altas nos segmentos da:

  • eletricidade (1,4%)
  • transformação (1,3%)
  • extrativa mineral (1,1%)

Por sua vez, a construção registrou uma queda de 2,4%.

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Análise mensal negativa

Entretanto, em dezembro do ano passado, houve uma retração de 0,4% do PIB. Um resultado negativo tanto na comparação com novembro (série com ajuste sazonal), quanto na comparação com dezembro de 2017 (na série original).

Outro resultado negativo em dezembro foi registrado no setor industrial. A indústria brasileira registrou um resultado negativo de -0,8% em comparação com novembro e -3,1%, em comparação com dezembro de 2017.

No mesmo mês foram registradas também quedas expressivas no:

  • comércio (-2,6%)
  • formação bruta de capital fixo (-1,8%)
  • impostos (-1,7%)
  • importação (-6,8%)

Na análise trimestral com ajuste sazonal, o PIB registrou uma estagnação no 4º trimestre em comparação ao 3º trimestre. Por outro lado, com relação ao 4º trimestre de 2017, o resultado foi de crescimento de 1,0%.

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Investimentos e consumo

Segundo a FGV a taxa de investimento da economia foi de 15,8% em 2018. A terceira menor taxa de investimento desde o começo da série histórica, iniciada em 2011.

Por sua vez, o consumo das famílias cresceu 1,8% e o consumo de governo subiu 0,2%. As exportações aumentaram 4%. Um resultado inferior ao crescimento das importações, que foi de 8,1% .

Os resultados oficiais do PIB serão divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 28 de fevereiro.

Carlo Cauti

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