FGTS lucra R$ 7 bilhões em 2019; cotistas serão contemplados

O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) terminou 2019 com um lucro líquido de R$ 7 bilhões, segundo integrantes do Conselho Curador do Fundo. Uma fatia desse resultado será distribuído entre os cotistas com saldo na conta em 31 de dezembro do ano passado.

Segundo os administradores do FGTS, conforme reportou a “Exame”, o intuito é fazer a repartição de modo a garantir os trabalhadores um pequeno ganho acima da inflação, de 0,5 ponto percentual, mais 3% ao ano. O resultado oficial deverá ser divulgado ainda neste mês, sendo que a Caixa Econômica Federal deverá depositar o crédito na conta dos cotistas até 31 de agosto.

Costumeiramente, as contas do FGTS são remuneradas em 3% mais a Taxa Referencial (TR), que está zerada desde 2018. Com a taxa básica de juros da economia (Selic) em sua mínima histórica, atualmente em 2,25%, o FGTS já supera outros tipos de aplicação, como alguns títulos públicos e a caderneta de poupança.

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Em 2019, o rendimento do FGTS superou 6%, devido à distribuição de lucros à época. Todavia, esse desempenho não deve se repetir em 2020.

O lucro auferido no ano passado, de R$ 7 bilhões, é 42% menor do que o atingido em 2018, de R$ 12,2 bilhões. As novas modalidades de saque do Fundo, com o intuito de estimular a economia, além da retirada emergencial em razão da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) neste ano, contribuíram para a queda no saldo total do Fundo.

Além disso, todo o lucro levantado com o saldo de 2018 foi repartido no ano passado. Desta vez, apenas parte da rentabilidade será repassada aos cotistas.

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O responsável pode determinar o montante exato que será repartido é o Conselho Curador do FGTS. Os valores serão definidos ainda neste mês, na próxima reunião do conselho.

Jader Lazarini

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