Facebook registra crescimento na receita apesar da pandemia

O Facebook (NASDAQ: FB) divulgou nesta quinta-feira (30) uma receita mais alta do que o esperado, já que a gigante das mídias sociais se beneficiou do maior envolvimento dos usuários em meio à pandemia do coronavírus (covid-19).

O Facebook gerou US$ 18,7 bilhões (cerca de R$ 96,33 bilhões) em receita no trimestre, acima dos US$ 16,9 bilhões registrados no ano passado e superando as expectativas dos analistas, de US$ 17,34 bilhões, segundo dados da FactSet. No entanto, o crescimento de 11% é uma forte desaceleração da média de quase 25% de crescimento anual que a empresa registrou nos últimos quatro trimestres.

Os lucros subiram para US$ 5,18 bilhões, ou US$ 1,80 por ação, em comparação com os US$ 3,96 bilhões, ou US$ 1,39 por ação, esperados pelos analistas. As ações do Facebook ganharam mais de 6% nas negociações fora do horário comercial.

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O trimestre foi o primeiro a refletir o peso total da pandemia do coronavírus nos EUA, que diminuiu a atividade econômica, mas contribuiu para o aumento do uso dos produtos do Facebook. A média mensal de usuários da plataforma do Facebook aumentou para 2,7 bilhões, ante 2,6 bilhões no primeiro trimestre. Mais de três bilhões de pessoas agora usam pelo menos um dos produtos do Facebook mensalmente.

A margem bruta da empresa, de 32%, aumentou 1% em relação ao primeiro trimestre e aumentou 27% em comparação com o ano passado. O presidente-executivo Mark Zuckerberg havia previsto que a margem caísse ao longo de 2020, à medida que a empresa usasse sua força financeira para investir em até 10.000 novos produtos e contribuir para o alívio dos efeitos da pandemia.

Nos últimos meses, a empresa se apressou para lançar novos produtos nos principais mercados, incluindo um recurso de compras personalizado destinado a pequenas empresas, um produto de bate-papo por vídeo-chamada, Rooms e o Instagram Reels, que copia muitos dos recursos popularizados pela plataforma de mídia social rival, TikTok.

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Zuckerberg disse que espera que a pandemia acabe mudando o comportamento do consumidor, à medida que passam a maior parte de suas vidas online, provavelmente beneficiando o Facebook no longo prazo.

Daniel Guimarães

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