Facebook cria equipes para analisar o racismo nas suas redes sociais

O Facebook (NASDAQ: FB) está criando equipes dedicadas a estudar e analisar possíveis preconceitos raciais no sistema operacional das suas redes sociais. As informações foram divulgadas nesta terça-feira (21) pelo jornal “The Wall Street Journal”.

A medida do Facebook, de analisar e entender sua plataforma principal e a unidade do Instagram, afasta-se da resistência anterior da empresa em explorar a maneira como seus produtos afetam diferentes grupos minoritários.

De acordo com as pessoas familiarizadas com o assunto, a nova “equipe de equidade e inclusão” no Instagram examinará como os usuários negros, hispânicos e outras minorias nos EUA são afetados pelos algoritmos da empresa, incluindo seus sistemas de inteligência artificial, e como esses efeitos se comparam aos usuários brancos.

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“O movimento pela justiça racial é um momento de significado real para a nossa empresa”, disse Vishal Shah, diretora do Instagram. “Qualquer preconceito em nossos sistemas é contrário ao comprometimento de fornecer uma plataforma para que todos possam se expressar.” A medida ocorre em meio a um contínuo boicote dos anunciantes, devido a forma como a gigante das mídias sociais policia suas plataformas.

O Facebook, por sua vez, diz que investe bilhões para manter as plataformas seguras. A empresa afirma ter banido 250 organizações de supremacia branca de suas redes sociais. Sua tecnologia em inteligência artificial ajuda a encontrar quase 90% dos discursos de ódio antes mesmo que alguém denuncie, disse a empresa.

Disney foi a última a cortar gastos com anúncios no Facebook

A Disney (NYSE: DIS) é a mais recente dentre as empresas que cortaram seus gastos com anúncios no Facebook, em meio à companha de boicote à gigante das redes sociais. Diferentemente da maior parte das participantes do movimento, a Disney foi a maior anunciante nas plataformas do Facebook no primeiro semestre deste ano.

Veja também: Opinião: Por que o boicote contra o Instagram e o Facebook não funcionará

A Disney se juntou a empresas como Coca-Cola, Unilever e Ford na campanha Stop Hate For Profit (Pare de lucrar com o ódio, em tradução livre) que exige da empresa regras mais rígidas contra conteúdos racistas e discursos ofensivos, instaurada após uma carta aberta da Liga Anti-Difamação (ADL). Mais de 400 empresas já aderiram ao movimento.

Daniel Guimarães

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