Facebook aumenta controle nos posts em resposta ao boicote

Com o aumento da pressão por parte das empresas norte-americanas, o Facebook (NASDAQ: FB) informou nesta sexta-feira (26) que implementará um maior controle nos posts da sua rede social. A empresa disse que começará a sinalizar discursos políticos, que violassem suas regras, e protegerá as minorias contra abusos.

A nova medida do Facebook foi anunciada logo após a Unilever (NYSE: UL) anunciar que pausará a divulgação de propagandas da empresa no Facebook (NASDAQ: FB) e Twitter (NASDAQ: TWTR) nos EUA até, pelo menos, o final de 2020. A gigante norte-americana citou o discurso de ódio nas plataformas como a principal razão para sua decisão.

As ações do Facebook caíram mais de 8% na sexta-feira e as ações do Twitter caíram mais de 7%.

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Em uma transmissão ao vivo anunciando as mudanças, o presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, não mencionou a Unilever ou o boicote aos anúncios, porém disse estar “otimista de que podemos progredir na saúde pública e na justiça racial, mantendo nossas tradições democráticas em torno da livre expressão e do voto. ”

Algumas das medidas descritas na sexta-feira foram esclarecimentos das políticas existentes do Facebook, e os líderes dos direitos civis que estiveram em discussões com a empresa sobre essas questões disseram que as medidas foram insuficientes.

Empresas se unem contra discurso de ódio no Facebook

A Unilever, dona de marcas como Dove, maionese Hellmann e chá Lipton, se junta a uma lista crescente de empresas estadunidenses que estão boicotando o Facebook, incluindo uma das maiores companhias telefônicas do EUA, a Verizon (NYSE: VZ), e as empresas de vestuário esportivo Patagonia e North Face.

Saiba mais: Unilever cancela propagandas nas redes sociais por causarem polarização

Com base na polarização social atual e nas eleições que estamos realizando nos EUA, é preciso que haja muito mais fiscalização na área do discurso de ódio”, disse Luis Di Como, vice-presidente executivo de mídia global da Unilever, em entrevista sobre o Facebook.

Daniel Guimarães

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