Exportação de açúcar do Brasil para China deve voltar a crescer

A tendência é que a exportação de açúcar do Brasil para China volte a ter alta na temporada 2018/19. Um dos principais fatores esta relacionado a medida do país asiático ampliar seu regime tarifário para todos seus exportadores. A informação foi divulgada nessa terça-feira, 2 de outubro, pelo adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Desde o início de 2017, a exportação de açúcar do Brasil, principal exportador do mundo, vinha sofrendo dura queda. Muito pela reformulação tributária que o país asiático estava aplicando na mercadoria brasileira, seu principal fornecedor.

O mesmo aconteceu com a Tailândia, segundo colocado na venda da commodity para China.

Para se ter ideia de como a política chinesa afetou o comércio de açúcar, entre outubro de 2016 e março 2017, o país da América do Sul tinha participação em mais de 70% da compra da commodity pela China. Analisado a mesma amostragem de tempo após a reformulação da tarifa, este número passou a ser de 8%.

Uma queda brusca que afetou a maior potência produtora de açúcar do mundo. Tanto que esta “volta atrás” do governo chinês acontece em meio a ameaça do Brasil acionar a Organização Mundial do Comércio (OMC), para questionar tal tributação.

A tendência, segundo o adido, é que Brasil e Tailândia voltem a ser os principais países exportadores de açúcar para China novamente.

É calculado que a China exporte 4 milhões de toneladas de açúcar na temporada 2018/19. Número que representa a terceira queda consecutiva desta área no mercado chinês.

Em compensação, a produção nacional demonstrou, pela terceira temporada consecutiva, crescimento, podendo chegar a 10,8 milhões de toneladas.

O consumo anual estimado de açúcar da China é de 16 milhões de toneladas.

Está reformulação na política de exportação de açúcar da China vem deixando parte do setor apreensivo com os próximos passos da potência econômica.

Mateus Vasconcellos

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