EUA querem acusar de fraude a diretora da Huawei

A vice-presidente financeira da Huawei, Meng Wanzhou, poderia ser acusada de fraude pelos promotores dos Estados Unidos.

Os magistrados dos EUA querem incriminar a executiva da Huwei por fraude relacionadas violação de sanções contra o Irã.

Saiba mais: Diretora da Huawei é presa no Canadá e gera protestos da China 

Meng poderá ser processada por fraude nos EUA por acobertar a relação da Huawei com a Skycom, uma empresa sediada em Hong Kong. De 2009 a 2014, a Huawei usou a Skycom para operar no Irã. Uma estratégia para burlar as sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos e pela União Europeia.

Meng Wanzhou, 46 anos, é filha do fundador e presidente da empresa. Ela foi presa em 1º de dezembro no Canadá a pedido dos Estados Unidos.

Meng foi convocada em um tribunal de Vancouver nesta sexta-feira (7).

Se for extraditada nos EUA, Meng pode enfrentar acusações de conspiração para fraudar múltiplas instituições financeiras. Em caso de condenação, a pena máxima seria de 30 anos para cada acusação.

Temor nos mercados globais

A notícia da prisão de Meng abalou mercados acionários globais. O temor dos investidores é que a medida possa provocar um novo pico de tensão na guerra comercial iniciada pelos Estados Unidos contra China.

A prisão da executiva foi realizada logo após uma suposta trégua anunciada na semana passada entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder chinês, Xi Jinping.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, afirmou que nem o Canadá nem os Estados Unidos forneceram qualquer evidência de que Meng violou alguma lei destes dois países. O governo chinês reiterou o pedido para a libertação imediata de Meng Wanzhou.

A Huawei informou “a companhia recebeu pouca informação sobre as acusações e não está ciente de nenhuma irregularidade da parte da senhora Meng”.

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Carlo Cauti

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