EUA classifica Huawei e ZTE como riscos para segurança nacional

A Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos (FCC) votou, nesta sexta-feira (22), para que as empresas de tecnologia chinesas Huawei e ZTE fossem classificadas como riscos para a segurança nacional.

A medida retira os subsídios governamentais cedidos para as companhias. Além disso, a comissão norte-americana exigiu que as operadoras das regiões rurais do país substituam os equipamentos da Huawei e ZTE que utilizam em suas redes.

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“Ambas as empresas estão sujeitas às leis chinesas que as obrigam a cooperar com qualquer solicitação dos serviços de inteligência do país e a manter essas solicitações em segredo. As duas empresas se envolveram em casos de roubo de propriedade intelectual, suborno e corrupção”, afirmou o presidente da comissão, Ajit Pai.

A medida é mais um desdobramento da guerra comercial entre Estados Unidos e China.

As companhias chinesas terão um período de 30 dias para contestar a decisão do órgão norte-americano. Segundo o comissário da FCC, Geoffrey Starks, a substituição dos equipamentos das empresas poderá custar até US$ 2 bilhões (cerca de R$ 8,4 bilhões).

De acordo com a agência de notícias “Reuters”, as operadoras dos Estados Unidos que precisarão substituir os equipamentos estão negociando com as empresas europeias Ericsson e Nokia.

Guerra comercial entre Estados Unidos e China

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou, nesta sexta, que um potencial acordo com relação à guerra comercial entre China e EUA está indo bem, mas que ainda falta se decidir se vai querer finalizá-lo.

Saiba mais: Guerra comercial: Trump diz que ainda não se decidiu sobre acordo

“O acordo com a China está indo muito bem. A questão é se eu quero ou não fazê-lo”, afirmou o mandatário.

Por outro lado, o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, afirmou, na última quarta-feira (20), que que está “cautelosamente otimista” sobre a possibilidade de fechar um acordo da “fase um” da guerra comercial com os Estados Unidos.

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Mesmo com o otimismo chinês, as medidas tomadas sobre a Huawei e a ZTE geraram tensão no mercado em relação a um possível acordo comercial.

Giovanna Oliveira

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