EUA: estoques de petróleo tem queda de 9,5 milhões de barris na semana

O American Petroleum Institute (API) divulgou nesta terça-feira (15) estimativas sobre os estoques de petróleo dos EUA na última semana, encerrada no dia 11 de setembro. De acordo com o instituto, o período registrou um recuo de 9,5 milhões de barris, enquanto os estoques de gasolina tiveram uma alta de 3,8 milhões de barris.

Já os estoques de petróleo em Cushing tiveram queda de 800 mil barris, de acordo com os dados divulgados pelo API.

Todavia,  influenciados pelo crescimento da produção industrial da China e pela perspectiva de furacões que ameaçam o Golfo do México, os preços do petróleo encerraram em alta nesta terça-feira.

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O barril de WTI para entrega em outubro teve alta de 2,73%, a 38,28 dólares, enquanto, em Londres, o Brent do Mar do Norte para novembro encerrou a 40,63 dólares o barril,  representando alta de 2,32%, superando o patamar de 40 dólares pela primeira vez em cinco dias.  Na última semana, os dois barris caíram mais de 6%.

Petróleo: período de avanço da demanda chegou ao fim, segundo BP

A petroleira britânica BP divulgou na última segunda-feira (14) o estudo ‘Energy Outlook 2020’ apontando que a era de contínuo avanço da demanda por petróleo chegou ao fim e também apontou que há a possibilidade do consumo da commoditie nunca mais voltar aos níveis pré-crise causada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

A companhia destaca que a transição ecológica deve levar a uma queda no consumo de combustíveis fósseis. Nesse sentido, a BP estima que a demanda por petróleo fique ‘amplamente estável’ pelos próximos 20 anos, segundo o relatório, no melhor cenário previsto.

“As renováveis vão penetrar mais rápido [na matriz mundial] do que qualquer combustível na história moderna”, destacou Spencer Dale, o economista-chefe da BP, durante a apresentação do documento.

Em contrapartida, pessoas importantes do setor petrolífero projetam que o consumo da commoditie deve continuar avançando por décadas.

Contudo, o atual CEO da BP, Bernard Looney, por sua vez, considera que devido a pandemia de Covid-19, bem como mudanças comportamentais duradouras por parte dos consumidores, o consumo do ouro negro já atingiu seu auge.

“A demanda por combustíveis líquidos nos cenários ‘rapid’ e ‘net zero’ [os dois em que a transição energética ocorre de forma mais acelerada] nunca se recupera totalmente da queda causada pela covid-19, implicando no fato de que a demanda por petróleo atingiu o pico em 2019 em ambos os cenários”, destaca o relatório.

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Comparando dois cenários diferentes, as previsões da petrolífera britânica destacam que poderá ser observado um resumo de 50% até 80% no consumo do óleo até 2050. Além disso, o relatório salienta que a procura pela commoditie se estabilizaria em 100 milhões de barris por dia durante as próximas duas décadas, em um cenário normal.

Cabe ressaltar que Looney afirmou em meados de agosto que cortaria em 40% a produção de petróleo nos próximos 10 anos e criaria uma das maiores empresas de energia renovável.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Rafaela La Regina

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