EUA é alertado pela Unesco para não ameaçar patrimônio cultural do Irã

Após ameaças feitas pelo presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, contra o patrimônio cultural do Irã, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) reagiu advertindo o país norte-americano.

A diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, afirmou que Teerã e Washington (capitais de Irã e EUA, respectivamente) assinaram um documento em 1972 que obriga os Estados a não tomarem “nenhuma ação deliberada que possa danificar direta ou indiretamente patrimônio cultural e natural de outros Estados”.

No último sábado (4), o presidente norte-americano escreveu em seu Twitter que os EUA criaram uma lista de 52 locais que poderão ser alvo do país, caso o Irã tente revidar o assassinato de um de seus mais importantes generais.

Impacto no petróleo

Com a tensão geopolítica entre Estados Unidos e o Irã, o preço do petróleo atingiu uma alta de mais de 1% na última segunda-feira (6).

Na última sexta-feira (3), depois do ataque aéreo dos EUA que assassinou o segundo homem mais importante do Irã, o petróleo encerrou em alta de 3,6%, a US$ 68,60 por barril. Na máxima, a commodity chegou a ser cotada a US$ 69,50.

O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, afirmou que os brasileiros não precisam se preocupar porque a tendência do preço do combustível é se estabilizar, mesmo com a tensão entre o Oriente Médio e os EUA 

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“Reconheço que o preço [dos combustíveis] está alto na bomba. Graças a Deus, pelo que parece, a questão lá dos Estados Unidos e Iraque, do general lá que não é general e perdeu a vida [Soleimani], não houve… O impacto não foi grande. Foi 5% passou para 3,5%. Não sei quanto está hoje a diferença em relação ao dia do ataque, mas a tendência é estabilizar”, afirmou Bolsonaro.

EUA X Irã

A escalada de tensão entre os Estados Unidos e o Irã tiveram como marco o assassinato pelo país norte-americano do general iraniano Qassem Soleimani, o segundo homem mais poderoso do Irã, na madrugada da última sexta-feira (3).

Desde maio de 2018, quando o presidente Donald Trump se retirou do acordo nuclear assinado entre o Irã e as principais potências globais, a tensão entre Washington e Teerã vem crescendo.

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei e o presidente Hassan Rouhani prometeram retaliação aos EUA após a morte do general.

Juliano Passaro

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