Estados Unidos adiam em seis meses aumento de tarifa sobre automóveis importados

Os Estados Unidos decidiram, nesta sexta-feira (17), adiar em seis meses o aumento das tarifas sobre automóveis importados. Além disso, a alta de 25% da taxa também atinge peças do setor automotivo.

O anúncio foi feito pela Casa Branca e o presidente dos Estados Unidos tinha até o sábado (18) para decidir. A medida foi tomada com base nas recomendações do Departamento de Comércio. Isso porque o órgão orientou o presidente a proteger a indústria automobilística norte-americana.

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O motivo da decisão, segundo a “Reuters”, seria conseguir mais tempo em negociações com a União Europeia e o Japão.

As principais montadoras instaladas no país, General Motors, Volkswagen, Toyota e outras fabricantes, alertaram sobre os impactos negativos de impor tarifas de até 25% sobre carros importados e autopeças.

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Estados Unidos X China

Entretanto, os Estados Unidos travaram uma guerra comercial com a China que tem abalado os negócios na maior parte dos mercados. Isso porque Donald Trump decidiu, no início de maio, aumentar a tarifa sobre importações chinesas.

A taxa passou de 10% para 25% com o objetivo de proteger a indústria interna e reduzir o déficit de exportação dos americanos com os chineses. Contudo, diante da decisão, a China retaliou. O governo chinês, por sua vez, também aumentou a tarifa sobre produtos americanos.

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Trump atinge Huawei

Com isso, o próximo passo de Trump foi atingir a gigante de tecnologia Huawei. Dessa forma, o líder americano proibiu a chinesa de comprar tecnologia americana sem a autorização do governo. A medida prejudica a cadeia de produção da Huawei porque ela depende dos componentes dos EUA.

Além disso, Trump também assinou um decreto que proibiu empresas americanas de comprarem aparelhos de telecomunicações de estrangeiras consideradas “risco para segurança”. Dessa forma, a medida se aplica à Huawei, uma vez que os Estados Unidos a incluíram na chamada “Lista de Entidades”.

Em contrapartida, a China mandou prender dois canadenses que estavam detidos no país. Isso ocorreu também dias depois que os EUA pediram ao Canadá que prendesse a diretora financeira da Huawei. Isso porque Meng Wanzhou estava em território canadense.

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Apesar da retaliação, a China negou que fosse uma represália. Sendo assim, o governo chinês afirmou que a prisão era um “estado de direito”. Os dois canadenses foram presos sob suspeita de espionagem. Apesar disso, os Estados Unidos e a China continuam em negociações comerciais e buscam um acordo que acabe com a guerra comercial.

Beatriz Oliveira

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