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Conselho da AES Tietê (TIET11) recusa fusão proposta pela Eneva

O conselho de administração da AES Tietê (TIET11) rejeitou por unanimidade a proposta de fusão feita pela Eneva (ENEV3). As informações foram dadas em fatos relevantes divulgados pelas empresas no último domingo (19).

“O Conselho de Administração da Companhia reuniu-se nesta data, tendo decidido, pela unanimidade de seus membros, rejeitar a Proposta Hostil, nos termos do parecer anexo, por entender que seus termos e condições são inadequados ao melhor interesse da companhia e do conjunto de seus acionistas, tendo em vista, principalmente, a incompatibilidade existente
entre os negócios e as estratégias da companhia e da Eneva”, informou a AES Tietê.

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A AES Tietê citou as incompartibilidades de planejamento estratégico entre ela e a Eneva. A empresa ressalta que seus objetivos são traçados a partir da criação de valor para os seus acionistas por intermédio do atendimento das necessidades de seus clientes, que procuram por energia renovável e limpa.

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A AES informa que está preparada para as fortes transformações que o setor elétrico está passando e tem como foco principal a sustentabilidade de longo prazo. Portanto, a empresa tem sua atuação, metas e diretrizes organizacionais “alinhadas ao compromisso com as melhores práticas socioambientais e de governança (ESG –Environmental, Social & Governance)”.

A AES Tietê destaca que a Eneva possui um modelo de negócios voltado a geração, exploração e produção de hidrocarbonetos, com foco na geração térmica baseada em gás natural e carvão mineral. Com isso, o Conselho de Administração da AES Tietê concluiu que a combinação de negócios proposto pela Eneva, no início de março, não vai de encontro aos princípios que a AES Tietê segue.

Ainda segundo a AES, os princípios da Eneva são contrários ao planejamento estratégico e operacional da empresa e colocam em risco a manutenção de seu modelo de negócios sustentável.

A proposta da Eneva pela fusão com a AES Tietê

A proposta da Eneva pela fusão com a AES Tietê poderia criar a segunda maior geradora privada de energia do Brasil, com faturamento anual de cerca de R$ 5 bilhões.

O valor total da proposta era de R$ 6,6 bilhões, sendo R$ 2,75 bilhões em dinheiro e o restante do montante em ações. No início da operação, a AES Tietê chegou a criticar os termos da proposta feita pela Eneva, mas mesmo assim contratou assessores financeiros e legais para analisarem a oferta.

Juliano Passaro

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