Eneva (ENEV3) estuda fazer nova oferta pela AES Tietê (TIET11)

A Eneva (ENEV3) avalia realizar uma nova oferta pela AES Tietê (TIET11), após a B3 comunicar que as ações preferenciais do Nível 2 de Governança Corporativa possuem o mesmo direito de voto das ações ordinária em casos de incorporação. As informações sobre uma nova oferta da Eneva foram divulgadas pela “Exame”, na noite da última segunda-feira (27).

A controladora da AES Tietê, a AES Corp, está listada neste segmento [Nível 2]. A holding afirmou que reconhecia o direito de voto da ação PN no âmbito da proposta de fusão realizada pela Eneva, porém dizia que não poderia aceitar que um direito “restrito” pudesse afastar a vontade daqueles que tinham direito a voto.

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Espera-se que a Eneva faça uma nova oferta com um prêmio maior em relação a primeira, entretanto a empresa deve ter maior participação de ações no valor total, de acordo com fontes próximas ao assunto ouvidas pela Exame.

Entenda o imbróglio entre a Eneva e a AES

A Eneva desistiu da oferta que envolvia R$ 6,6 bilhões, sendo R$ 2,75 bilhões em dinheiro e o restante em ações, e retirou a sua proposta de fusão junto à AES Tietê (TIET11) no dia 21 de abril. A companhia destacou que refutava todos os motivos apresentados no parecedor do Conselho de Administração da AES para a não continuidade das negociações.

A desistência da Eneva veio logo depois que a AES Corp. apresentou uma tese jurídica de que os preferencialistas da AES Tietê não teriam direito de decidir o destino da empresa. O regulamento do Nível 2 de governança da B3 e o estatuto da companhia, porém, entendem o contrário.

“Após consultar especialistas em direito brasileiro, está claro para nós que a combinação de negócios proposta não pode ser implementada sem a aprovação da maioria dos titulares de ações ordinárias da companhia”, informou a controladora da AES Tietê.

Caso prosperasse, uma fusão entre Eneva e AES Tietê criaria a segunda maior geradora de energoa privada do Brasil, com capacidade de geração de 6,1 mil megawatts (MW) e faturamento anual de R$ 5 bilhões.

Juliano Passaro

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