Grana na conta

Eneva altera estratégia para financiar negócio com AES Tietê

A Eneva (ENEV3) anunciou na última terça-feira (24) que alterou sua estratégia para financiar a operação relacionada a combinação de negócios com a AES Tietê (TIET4). Isso porque a empresa enxerga condições adversas para a negociação, diante de um mercado abalado pela pandemia de coronavírus.

No início, a Eneva tinha como plano obter empréstimo bancário para realizar o pagamento de R$ 2,75 bilhões na negociação. Depois disso, a empresa refinanciaria esse valor com a emissão de títulos no mercado. Entretanto, com a atual situação, a Eneva decidiu esperar até que o mercado apresente melhores condições.

Em teleconferência com analistas e investidores, o diretor de finanças da Eneva, Marcelo Habibe, reiterou que o que irá mudar na atual condição de mercado é que a empresa fará um financiamento com dívida bancária e permanecerá com ela. “Até poder refinanciar em condições melhores no mercado de debêntures”, disse o executivo.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/04/1420x240-Banner-Home-1.png

O diretor assegurou que a empresa tem como intuito permanecer com a mesma oferta realizada anteriormente (de R$ 6,6 bilhões, sendo 60% em ações da nova empresa e 40% do montante total em dinheiro). “Pretendemos manter as condições”, afirmou.

“Black Friday” na B3 | Saiba como usar o fator Coronavírus a seu favor tendo acesso aos melhores investimentos do mercado

A proposta, entretanto, é válida até o dia 30 de abril e tem de ser aprovada pelos acionistas das duas empresas até o dia de seu vencimento. Depois disso, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) avaliarão a operação.

Também é necessário que a AES Tietê convoque uma assembleia de acionistas até segunda-feira (30) para tratar sobre o assunto. O diretor de finanças da Eneva também falou sobre os efeito da crise do coronavírus nos negócios da companhia. “Estamos acompanhando com cautela, mas não vemos impacto inicialmente”, afirmou Habibe sobre seus contratos e fornecimento de energia.

Juliano Passaro

Compartilhe sua opinião