Veja 6 empresas que lucraram menos que o contrato de Mahomes

O astro da National Football League (NFL, a principal liga de futebol americano dos Estados Unidos), Patrick Mahomes, assinou há poucos dias o contrato mais caro da história dos esportes. O valor é tão que alto que chega a superar lucros registrados por empresas cotadas no Ibovespa em 2019.

O quarterback de 24 anos, eleito MVP do último Super Bowl, renovou com o Kansas City Chiefs e assinou um acordo para os próximos 10 anos. Com isso, somando seu vínculo atual, Mahomes poderá embolsar um total de US $ 477,6 milhões em 12 temporadas. No máximo, contando os bônus, as cifras poderiam chegar a US$ 503 milhões (cerca de R$ 2,7 bilhões).

Ao contrário dos números da estrela da NFL, que brilhou na última edição do maior evento esportivo dos EUA, algumas companhias não obtiveram grandes resultados no ano passado, registrando lucros inferiores ao montante que receberá o jogador.

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E, não foram poucas essas empresas. Conforme dados da consultoria Economática, foram ao todo seis negócios listados no Ibovespa que reportaram ganhos (e não prejuízos) inferiores ao valor de contrato de Mahomes, de R$ 270 milhões se dividido igualmente pelos 12 anos.

Reforçando que esta matéria não é uma recomendação de investimento, veja as empresas que, no papel, ficaram abaixo do craque da NFL em 2019.

Natura

A Natura &CO (NTCO3) é companhia com maior participação no Ibovespa que apresentou ganhos menores do que o craque da NFL. A companhia do setor de cosméticos registrou em lucro líquido de R$ 155,47 milhões em 2019.

Dona das marcas The Body Shop, Natura e Aesop, a companhia finalizou a aquisição da Avon no ano passado e anunciou uma nova estrutura organizacional, deixando de ser Natura Cosméticos para virar Natura&Co.

Apesar do ano “de crescimento lucrativo ” e de “progressos consideráveis”, como definiu o CEO do grupo, Roberto Marques, a companhia encerrou 2019 com ganhos inferiores a R$ 270 milhões, garantindo o lugar nesta lista.

Cogna

A Cogna Educação (COGN3), antiga Kroton Educacional e segunda maior empresa relacionada a educação do mundo, não conseguiu entregar bons resultados no período. Embora tenha registrado ganhos em 2019, o lucro líquido reportado ficou em R$ 235,24 milhões.

O montante, segundo a empresa, é reflexo de fatores como a redução no número de alunos cadastrados no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e o aumento no número de matrículas online de ensino à distância, bem como a reclassificação de custos editoriais na Educação Básica. Desse modo, o desempenho da empresa também lhe um espaço na lista.

Totvs

A companhia de softwares brasileira foi uma das poucas que registraram um aumento do lucro líquido na comparação anual. A TOTVS (TOTS3) aumentou seus ganhos de 2019 em quase 23,5% para R$ 209,796.

“Realizamos o desinvestimento das operações de hardware, voltando a ter foco exclusivo em software”, comunicou Dennis Herszkowicz, CEO da Totvs, salientando o caráter positivo do período. “Privilegiamos produtos que geram receita recorrente e o olhar para novos negócios”.

Os custos operacionais da empresa permaneceram basicamente estáveis, enquanto o resultado financeiro da companhia melhorou. Os números, apesar de tudo, ainda não foram o bastante e ficaram abaixo dos estonteantes R$ 270 milhões de Mahomes.

Minerva

A Minerva Foods (BEEF3), por sua vez, foi outra que registrou alta em relação ao ano anterior. A companhia do setor de proteína saiu de um prejuízo líquido de quase R$ 1,3 bilhão para um lucro líquido de R$ 16,2 milhões.

Saiba mais: Entenda como a Minerva (BEEF3) conseguiu lucrar apesar da pandemia

A empresa conseguiu entregar um bom ano com resultados que refletiram uma geração de fluxo de caixa e uma redução da alavancagem. Para a Minerva, os números são consequência do aumento das exportações, mantendo a liderança na América do Sul e elevando sua posição na Ásia, principalmente na China, se beneficiando da peste suína africana.

O vírus que contamina suínos, entretanto, não foi o bastante para a companhia, que ainda registrou um lucro líquido abaixo do valor contratual divido por ano do jogador.

Marfrig

A Marfrig Global Foods (MRFG3) é outra do setor de proteínas que chegou a lista. No acumulado anual, os ganhos da companhia caíram de R$ 1,4 bilhão no ano anterior para pouco mais de R$ 218 milhões.

O negócio também foi uma das beneficiadas com o aumento da demanda pela potência asiática. Além disso, em 2019, a Marfrig passou a controlar a National Beef, quarta maior do mercado americano de carne bovina e realizou uma operação de follow-on de R$ 900 milhões, recursos utilizados na redução do endividamento.

Hering

Por fim, a Cia. Hering (HGTX3), uma das small caps listadas no Ibovespa, foi outras das que registraram ganhos inferiores aos R$ 270 do contrato mais caro da história dos esportes.

A empresa informou que registrou um crescimento de vendas nos nove primeiros meses do ano e uma queda no último trimestre, exclusivamente atribuída à performance de dezembro, que representa aproximadamente 60% das vendas do período.

Dessa forma, a varejista de moda reportou um lucro líquido de R$ 214 milhões, uma queda de 10,3% na comparação anual e pouco abaixo do acordo assinado pela estrelada NFL, Patrick Mahomes.

Arthur Guimarães

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