Embraer apresenta prejuízo de R$ 314 milhões no 3T19

A Embraer teve prejuízo atribuído aos acionistas de R$ 314,4 milhões no terceiro trimestre deste ano. O resultado da empresa foi divulgado nesta terça-feira (12) antes da abertura do mercado. Vale destacar que no segundo trimestre a empresa registrou lucro de R$ 26,1 milhões.

O prejuízo da Embraer aumentou mais de seis vezes em comparação com as perdas do mesmo período de 2018. Entre janeiro e setembro, a fabricante de aeronaves acumula um prejuízo de R$ 449,1 milhões. A receita líquida da Embraer foi de R$ 4,692 bilhões no trimestre entre julho e setembro. No segundo trimestre a receita somou R$ 5,402 bilhões. No terceiro trimestre, a Embraer entregou 17 aeronaves comerciais e 27 executivas.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de R$ 75 milhões entre julho e setembro, uma baixa de 83,1% antes aos R$ 444,2 milhões registrados no mesmo período do ano anterior.

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A Embraer destacou que não tem em seus planos a ideia de concluir a venda do controle da divisão de aviação comercial para a Boeing antes de março de 2020. Vale lembrar que, no início, a expectativa era de que a operação fosse fechada até o final de 2019, por US$4,2 bilhões.

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Além disso, a empresa afirmou que houve uma elevação da “outras receitas (despesas) operacionais líquidas”, muito por conta dos custos de separação relativos à parceria estratégica com a Boeing. Nesses três meses até setembro, os valores relacionados a segregação do negócio de aviação comercial chegaram a R$ 138,1 milhões.

Negociação entre Boeing e Embraer

Membros da Comissão Europeia suspenderam, na última segunda-feira (11), a revisão do contrato sobre o investimento da Boeing na Embraer, dizendo que não possuem informações suficientes das fabricantes de aviões para dar continuidade a avaliação do negócio.

A Comissão Europeia comunicou que o acordo pode fazer com que a Embraer não seja a terceira maior concorrente global da Boeing e da Airbus, o que “pode resultar em preços mais altos e menos opções”.

Juliano Passaro

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