Embraer (EMBR3): sindicato pede afastamento do conselho administrativo

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos informou nessa sexta-feira (3) que protocolou um requerimento ao juiz da 24° Vara Cível da Justiça Federal de São Paulo, pedindo o afastamento imediato do conselho de administração da fabricante brasileira de aeronaves, Embraer (EMBR3).

O processo vem após o fracasso do acordo de venda da principal unidade da Embraer para a Boeing. Além disso, o sindicato destaca no requerimento que o conselho permitiu uma ‘espionagem autorizada’ nos negócios da companhia brasileira, já que autorizou que engenheiros da Boeing trabalhassem na unidade de pesquisa e desenvolvimento da Embraer.

Segundo afirmou o sindicato no processo, o conselho de administração da fabricante brasileira, “opera criando perdas bilionárias e repassando o custo de sua incompetência para os trabalhadores”.

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Por sua vez, a Embraer salientou que o sindicato “demonstra desconhecimento sobre a empresa e sua gestão” e pontuou que a associação “vale-se de insinuações infundadas e distorce informações de modo a confundir a opinião pública e os colaboradores da empresa”.

Além disso, a Embraer disse que ainda não teve acesso ao requerimento.

Embraer negocia PDV para funcionários em férias coletivas

Além disso, nesta quinta-feira (2), a fabricante de aeronaves comunicou que negocia abertura de um Programa de Demissão Voluntária (PDV) para um grupo de funcionários que está em regime de férias coletivas.

A companhia informou, por meio de comunicado, que a proposta faz parte de uma série de medidas relacionadas aos efeitos vindos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Entretanto, não deu detalhes sobre o volume da adesão esperada.

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“Para preservar os empregos já foram estabelecidas, desde o mês de março, medidas como implantação do trabalho remoto integral (home office), concessão de férias coletivas, suspensão temporária dos contratos de trabalho (lay-off) e redução da jornada de trabalho”, ressaltou a Embraer.

Laura Moutinho

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