Embraer busca acordo com BNDES e bancos privados para obter linhas de crédito

A fabricante de aviões Embraer (EMBR3) comunicou, nesta quinta-feira (7), que está em tratativas com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) e outros banco privados, tanto nacionais quanto estrangeiros, para chegar a um acordo de financiamento ao capital de giro.

O objetivo da Embraer é obter apoio financeiro com linhas de crédito no valor de US$ 1 bilhão a US$ 1,5 bilhão, para passar pela crise provocada pela pandemia de coronavírus e, principalmente, superar a queda do acordo com a Boeing.

Veja também: Garanta acesso ao Suno One, a central de informações para quem quer aprender a investir. Acesse gratuitamente clicando aqui.

A Embraer também citou em seu comunicado que um possível financiamento junto ao BNDES não mudará o quadro acionário da companhia, “provendo capital de giro, reforço de capital e possibilitando a melhoria do perfil de endividamento”.

Contratação do Itaú pela Embraer para negociar socorro com o BNDES

De acordo com informações da Reuters, publicadas na última quarta-feira (6), a Embraer contratou o Itaú Unibanco para assessorar no aporte do auxílio do BNDES.

O auxílio do BNDES deve ficar entre US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5 bilhões) e US$ 1,5 bilhão. De acordo com informações do jornal “O Estado de S. Paulo”, que consultou três fontes, a operação poderá contar com o apoio de outros bancos privados que devem ser convidados, mas ainda não foram confirmados nas negociações.

Veja também: Embraer (EMBR3): membros do Conselho de Administração renunciam

O interesse dos bancos privados estaria a cerca da concessão de crédito, e não da compra de participação na fabricante brasileira de aeronaves. O pacote de auxílio, segundo a publicação do jornal, deve envolver crédito novo e alongamento de prazo de dívidas já contratadas. A Embraer, entretanto, ainda não confirmou o modelo de financiamento que será usado.

Juliano Passaro

Compartilhe sua opinião