EDP Brasil (ENRB3) reduz dividendos por conta do coronavírus

A EDP Brasil (ENBR3) anunciou nesta quinta-feira (26) que reduzirá o montante destinado para a distribuição de dividendos aos acionistas. A medida é uma forma de preservar o caixa da empresa dos impactos causados pela pandemia do novo coronavírus (covid-19).

Conforme o fato relevante divulgado pela EDP, R$ 353,3 milhões serão distribuídos em forma de dividendos referentes ao ano de 2019. No entanto, a proposta anterior era de R$ 604,8 milhões. O novo montante corresponde a 27,8% do lucro líquido, ante 47,59% do valor previsto inicialmente.

De acordo com a empresa, a redução tem como objetivo “a preservação da posição de caixa e manutenção da saúde financeira”.

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Segundo o comunicado, a companhia aumentou a proposta de retenção de lucros de R$ 666,15 milhões para R$ 918,87 milhões também como forma de preservar o valor disponível em caixa. Além disso, a empresa informou que reduzirá o montante de investimento que originalmente era de R$ 1,9 bilhão.

“A Administração da Companhia esclarece ainda que a alteração acima indicada não prejudicará o direito de recebimento dos dividendos mínimos obrigatórios previsto em seu Estatuto Social, de 25% do Lucro Líquido Ajustado de cada exercício social”, informou a companhia por meio do fato relevante.

EDP estuda vender ativos

A EDP informou no mês passado que estuda vender alguns de seus ativos neste ano para financiar investimentos nos segmentos de transmissão e distribuição de energia elétrica.

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De acordo com o presidente da companhia, Miguel Setas, a EDP Brasil pretende vender usinas hidrelétricas como forma de efetuar uma “reciclagem de capital”. Assim, a companhia poderá direcionar os recursos levantados para outros setores estratégicos.

“Poderemos vir a considerar alguma ‘rotação de ativos’ se vierem por aí oportunidades mais brilhantes na transmissão ou na própria transmissão. Esse é o resumo de nossa estratégia de crescimento”, afirmou o CEO.

O executivo afirmou que a EDP buscará adquirir projetos da área de transmissão no mercado secundário. Isso porque, segundo o CEO, a concorrência para a compra de novos empreendimentos é acirrada e, consequentemente, afeta os retornos.

Giovanna Oliveira

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