Economia tem recuperação inicial em “V”, diz Campos Neto

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, declarou nesta quinta-feira (2) que, a partir do início de maio, foi registrada um recuperação em “V” no país.

O economista afirmou, durante evento online promovido pelo jornal “Correio Braziliense”, as duas últimas semanas em abril foram as piores para a economia brasileira. Então, segundo Campos Neto, houve uma recuperação no mês seguinte, dando o início a uma retomada em “V”.

“A parte de dados em tempo real, que é importante olhar, a gente começa a ver uma melhora mais rápida em junho. Então energia, tráfego, arrecadação, volume de TED, tudo isso a gente consegue ver uma melhora já em junho”, destacou o presidente do BC.

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A famosa recuperação em forma de “V” integra uma série de expressões utilizadas pelos economistas para ilustrar o cenário de retomada. Neste caso, a melhora dos mercados aconteceria tão rapidamente como quanto a queda registrada.

“Então parece que nós iniciamos uma recuperação que seria um movimento inicial em ‘V’, mas que a gente acha que deve suavizar um pouco. Ou seja, a gente consegue ver que a primeira parte da recuperação foi em ‘V’, seguindo alguns outros lugares do mundo, ao contrário de 2008, que a recuperação foi mais lenta”, acrescentou o economista.

Emergentes foras os mais prejudicadas, diz Campos Neto

O presidente da autoridade monetária ainda afirmou que houve uma piora dos parâmetros de risco no mundo e as economias emergentes foram as mais afetadas.

Segundo Campos Neto, a fragilidade das contas públicas e a fuga de capitais dos emergentes, incluindo o Brasil, são fatos que diferem os canários em comparação com os países mais desenvolvidos.

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A saída de recursos do emergentes é maior do que foi durante a crise financeira de 2008, segundo o economista. Esses países também tiveram de aumentar o volume de gastos públicos para enfrentar a crise do novo coronavírus.

Para Campos Neto, os estímulos econômicos são bons até certa medida, quando há um “ponto de inflexão”, que o remédio passa por “fragilidade fiscal”.

Arthur Guimarães

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