Grana na conta

Arrecadação do mês de julho demonstra crescimento da economia brasileira

De acordo com os técnicos do Ministério da Economia, a arrecadação de julho demonstrou crescimento econômico gradual. No mês passado, o governo atingiu o maior nível em oito anos de arrecadação, total de R$ 137,7 bilhões.

O valor total de arrecadação ficou acima do estimado pela pesquisa com instituições financeiras divulgada pelo Ministério da Economia de R$ 133,4 bilhões.

Em comparação de mesmo período no ano anterior, o valor somatizado representa alta de 2,95%. Segundo a Receita Federal, as receitas de julho foram infladas por uma arrecadação extraordinária de R$ 3,2 bilhões sobre Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de algumas instituições.

No entanto, ainda que esses fatores influenciaram o valor arrecadado, a pasta econômica destaca que ainda assim, sem esses fatores, o valor continuaria a subir. De acordo com Ministério, a União teria arrecadado R$ 134,535 bilhões no mês passado, montante 0,56% maior do que o registrado no ano passado.

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Arrecadação de julho como demonstração de crescimento da economia

Conforme o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, todos os dez setores principais da economia demonstraram alta acima da inflação em comparação de base anual.

Abaixo, está listados os segmentos de maiores destaques:

  • entidades financeiras: +R$ 5,32 bi
  • extração de minerais metálicos: +R$ 2,93 bi
  • combustíveis: +R$ 1,67 bi
  • eletricidade: +R$ 1,64 bi
  • comércio atacadista: +R$ 1,55 bi

O IRPJ e CSLL são indicadores de que as empresas estão lucrando mais, dessa forma, indicam que há uma retomada que poderá ser intensificada nos próximos meses.

“Está havendo uma recomposição da base tributária. Essa alta reflete a expectativa das empresas projetando lucro melhor para este ano”, informa Malaquias.

Além disso, outro destaque é o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) que teve suas receitas elevadas em 6,24% acima da inflação no primeiro semestre do ano.

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“Ainda que de forma lenta, os sinais apontam para recuperação [da Economia], em particular nas operações de crédito. É um bom indício”, diz o subsecretário de Política Fiscal da Secretaria de Política Econômica, Marco Cavalcanti.

Poliana Santos

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