Dono da Revlon vende todos os bens por causa do coronavírus

O empresário e investidor norte-americano, Ron Perelman, dono da gigante de cosméticos Revlon, se desfez de sua participação na fabricante de veículos militares, AM General, e contratou bancos com a finalidade de encontrar compradores para as ações que detém de outras empresas. As informações foram divulgadas no último sábado (19) pela Bloomberg.

A empresa de investimentos de Perelman, MacAndrews & Forbes, informou em julho deste ano que retrabalharia seus ativos em resposta às empresas americanas prejudicadas pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), incluindo as suas, como exemplo da Revlon.

“Rapidamente tomamos medidas significativas para reagir ao ambiente econômico sem precedentes que enfrentávamos”, disse Perelman em um comunicado. “Tenho tornado público minha intenção de reduzir a alavancagem, agilizar as operações, vender alguns ativos e converter esses ativos em caixa para buscar novas oportunidades de investimento e é exatamente isso o que estamos fazendo”, concluiu.

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Perelman também citou outros motivos para a mudança, incluindo passar tempo com sua família durante o isolamento social e o desejo de uma vida mais simples.

“Percebi que há muito tempo tenho me agarrado a muitas coisas que não uso ou nem quero”, declarou o empresário. “Concluí que é hora de limpar a casa, simplificar e dar aos outros a chance de desfrutar de algumas das coisas lindas que adquiri  há décadas.”

O investidor também vendeu algumas de suas artes, uma delas com um valor de aproximadamente US $ 70 milhões e outra por cerca de US$ 20 milhões, segundo pessoas com conhecimento do assunto que solicitaram à Bloomberg para não serem identificadas.

Ao passo que Richard Hack, que escreveu uma biografia não autorizada de Perelman em 1996, reagiu ao seu anúncio, “Se você quer uma vida mais simples, você vai comprar uma fazenda em Oklahoma, não vender uma pintura de sua casa em Manhattan”, disse Hack. “Se ele está vendendo sua arte, é porque precisa de dinheiro.”

O dono da Revlon era apontado como o homem mais rico da América, entretanto sua riqueza caiu de US$ 19 bilhões para US$ 4,2 bilhões durante os últimos dois anos, segundo o Bloomberg Billionaires Index.

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Revlon, a gigante dos cosméticos

A Revlon, rede de cosméticos e uma das maiores empresas de Perelman, detêm atualmente um valor de mercado de US $ 365 milhões, comprada pelo empresário por US $ 1,74 bilhão em 1985. O investidor possui cerca de 87% da Revlon e tem controle total sobre a empresa, dirigida por sua filha, Debra Perelman.

A companhia tem US $ 3 bilhões em dívidas, com alguns de seus títulos negociados a US$0,14. Além da Revlon, a MacAndrews & Forbes, também de Perelman, viu suas ações despencarem em 68% neste ano.

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Rafaela La Regina

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