Dólar sobe 1,17% com novas turbulências da guerra comercial

O dólar fechou em queda nesta segunda-feira (7) com novas turbulências da guerra comercial entre Estados Unidos e China.

No fechamento do mercado, o dólar registrava alta de 1,173%, negociado a R$ 4,104 na venda, maior cotação do dia. A mínima foi de R$ 4,0610, por volta das 10h10.

O mercado também acompanhou a queda dos pedidos à industria da Alemanha e a saída da Petrobras da bolsa argentina. No cenário interno, a possível prorrogação da aprovação da reforma da Previdência esteve no radar dos investidores.

Disputa comercial

De acordo com a Bloomberg News no último domingo (6), as autoridades chinesas reduziram alguns termos que estão propensos a serem discutidos nas próximas negociações comerciais com os EUA.

Liu He, chefe da delegação comercial chinesa, afirmou recentemente que a China não se comprometerá com a reforma de políticas industriais ou subsídios do governo – duas das principais queixas de Donald Trump.

Novas negociações estão marcadas para Washington nesta semana.

Reforma tributária somente em 2020

A aprovação da reforma tributária ocorrerá somente em 2020, segundo uma fonte da equipe econômica do governo federal.

De acordo com a fonte, o calendário apertado no Congresso e a complexidade da reforma são os fatores que levaram ao adiamento da medida.

Saiba mais: Reforma tributária ficará para 2020, diz fonte do governo

Além disso, a prioridade do governo federal no momento é aprovar a reforma da Previdência. Com a aprovação, a equipe econômica encaminhará o pacto federativo. No entanto, segundo a fonte, a votação do novo pacto também deve ficar para o ano que vem.

Resultados negativos da indústria da Alemanha

Os pedidos à indústria da Alemanha retraíram em 0,6% no mês de agosto. O esperado pelos analistas era uma queda de aproximadamente 0,3%. Além disso, segundo os dados da Sentix, a confiança dos investidores na zona do euro caiu para o nível mais baixo desde abril de 2013.

Saiba mais: Encomendas da indústria da Alemanha caem o dobro do previsto

Os dados vem de encontro com a demanda doméstica mais fraca, o que pode fazer com que a economia alemã, maior da Europa, entre em recessão.

As tentativas de estímulo do Banco Central Europeu (BCE) para a economia do Velho Continente apresentam-se fracas às necessidades do bloco econômico. Isso também fez com que a desmotivação tenha se alastrado no continente.

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O desempenho da indústria alemã demonstra como a guerra comercial também está afetando a economia da União Europeia. Com isso, os investidores buscam ativos mais seguros, como o dólar e do ouro.

Saída da Petrobras da bolsa argentina

A Petrobras informou que recebeu a autorização do órgão regulador do mercado de capitais da Argentina para retirar seus papéis do País. Dessa forma, não haverá a necessidade de realizar uma oferta para aquisição das ações.

Saiba mais: Petrobras anuncia a retirada das ações da bolsa argentina

As ações da estatal brasileira vão deixar de ter oferta pública no país argentino no dia 4 de novembro. Após esta data, os acionistas da Petrobras na Argentina poderão manter seus papéis depositadas junto ao agente de custódia do mercado local (Caja de Valores) ou vendê-las nos mercados em que as ações da empresa continuam sendo negociadas.

Nos quatro primeiros meses após a a retirada total das ações do mercado argentino, os investidores argentinos vão poder utilizar o banco BBVA para auxiliá-los na venda de suas ações na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) com custo de corretagem pago pela petroleira brasileira.

Última cotação do dólar

Na última sessão, sexta-feira (4), o dólar encerrou em queda de -0,795% sendo vendido a R$ 4,0569.

Giovanna Oliveira

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