Dólar abre em alta após mais um corte da Selic pelo Copom

O dólar abriu em alta nesta quinta-feira (6). Por volta das 9h30, a moeda estadunidense operava positivamente 1,1317%, sendo negociada a R$ 5,3537 na venda, de olho no novo corte da taxa básica de juros da economia brasileira, que foi a sua nova mínima histórica.

O dólar também segue de olho nos impactos da pandemia na economia e no mercado de trabalho do País. Segundo o IBGE, o desemprego atingiu 13,3% em junho.

Além disso, o coronavírus também influenciou os resultados do varejo paulista em maio deste ano, fazendo com que a atividade do setor caísse 13,3% na compação anualizada.

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Dólar em alta com Selic a 2%

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu em unanimidade, após sua 232ª reunião na última quarta-feira, cortar a taxa básica de juros (Selic) em 0,25%. Com o novo corte, a taxa caiu para 2% ao ano, uma nova mínima histórica.

A decisão vem em meio aos efeitos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) na economia, que deve levar o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano a uma das maiores quedas da história. O Focus estima que o PIB brasileiro deva cair 5,66% em 2020.

“O Copom entende que a conjuntura econômica continua a prescrever estímulo monetário extraordinariamente elevado, mas reconhece que, devido a questões prudenciais e de estabilidade financeira, o espaço remanescente para utilização da política monetária, se houver, deve ser pequeno”, afirmaram os integrantes do BC.

Segundo o Copom, “diversas medidas de inflação subjacente permanecem abaixo dos níveis compatíveis com o cumprimento da meta para a inflação no horizonte relevante para a política monetária”. Para o órgão do Banco Central, as expectativas de inflação para 2020, 2021 e 2022 encontram-se em torno de 1,6%, 3,0% e 3,5%, respectivamente.

Taxa de desemprego atinge 13,3% em junho

A taxa de desemprego do Brasil atingiu 13,3% no trimestre móvel referente aos meses de abril a junho de 2020, atingindo 12,8 milhões de pessoas.

Em relação com a trimestre anterior, de janeiro a março, esse valor é equivalente a crescimento de 1,1 ponto percentual. Já na comparação com o mesmo período de 2019, esse valor é equivalente a uma alta de 1,3 ponto percentual. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A população ocupada chegou ao menor nível da série histórica iniciada em 2012, com redução de 9,6%, o equivalente a 8,9 milhões de pessoas, para 83,3 milhões de brasileiros.

Todos os grupamentos de atividade analisados pela pesquisa sofreram queda em relação ao número de ocupados. O comércio foi o setor mais atingido, 2,1 milhões de pessoas perderam suas vagas no mercado de trabalho, uma redução de 12,3% em comparação com o último trimestre.

Varejo paulista recua 13,3% em maio

O varejo de São Paulo faturou R$ 53,7 bilhões em maio desse ano, segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). O montante é 13,3%, ou R$ 8,2 bilhões, menor do que o anotado no mesmo período do ano passado.

De acordo com a federação, as receitas de maio representam o quarto pior resultado para o mês em sua série histórica, iniciada em 2008. Os dados foram levantados pela Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV) feita pela entidade. No estudo foram coletados dados de nove setores do varejo.

No entanto, a Fecomercio considera que o auxílio emergencial de R$ 600, apelidado de coronavoucher, amorteceu os prejuízos para os comerciantes no quinto mês do ano. Contudo, o fim do auxílio está previsto para setembro, e para a federação isso pode indicar uma queda nas vendas no dia dos pais.

Última cotação do dólar

Na sessão da última quarta-feira, o dólar encerrou o pregão em leve alta de 0,184%, negociado a R$ 5,2935 na venda.

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Jader Lazarini

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